Parto na quinta-feira de manhã para Barcelona. São apenas três dias, sendo que só poderei aproveitar um deles para turismo. Mas tanto me faz. Quinta-feira, dia 12, vou ver, pela primeira vez, um concerto dos Radiohead.
Estou certo de que será o melhor a que alguma vez assisti. Tenho igualmente a certeza de que o momento em que eles subirem ao palco será um dos mais fascinantes da minha até agora relativamente amena vida. E não temam por mim: não há expectativas altas que possam fazer deste concerto um flop. O único flop possível é não haver concerto… ou haver e eu não estar lá. Não deverá ser necessário dizer que nenhuma destas hipóteses dava jeito.
Os Radiohead vão estar em Barcelona como cabeças de cartaz do Daydream Festival, evento altamente patrocinado pela operadora móvel Movistar que conta com uma série de bandas interessantes no alinhamento. Lamentavelmente, só vou poder ver duas bandas para além da óbvia, porque o palco principal terá apenas três actuações (o resto divide-se entre outros dois espaços). Assim, para além dos Radiohead vou poder ver Liars e Bat for Lashes, dois nomes muito acarinhados pela comunidade indie… e pelos Radiohead. No festival, não vou conseguir (ou querer, por motivos que vos ultrapassam) ver os Low (gostava muito), M83 e Clinic. Sei também que, depois de ver os Radiohead, não me vai apetecer ouvir Four Tet ou Modeselektor. E o DJ set de Cristian Vogel também terá de esperar a minha atenção numa outra altura. Ou seja, gastei 71 euros e qualquer coisa mais dois bilhetes de avião para ir ver três bandas (quer dizer, na prática foi para ver uma). Gostaria imenso que todas as que referi passassem pelo palco principal… mas não é grave.
A única loucura aqui é ter decidido isto na semana passada, quando há muito já devia ter comprado bilhetes e afins. Valha-me o facto de não ter de pagar estadia. Antes, durante e até muito depois do concerto… estarei tão contente que irritarei os que estão ao meu redor. Desculpem lá. É que estou em êxtase.