Já falei aqui da dupla britânica The Ting Tings a propósito do single “That’s Not My Name”, que atingiu o topo da tabela de vendas do Reino Unido em Maio pela sua capacidade instantânea de fazer dançar e pela melodia simples mas facilmente memorável.
Tanto a vocalista Katie White como o baterista Jules de Martino têm um passado engraçado. Ambos passaram por bandas teen manhosas e ambos saíram frustrados dessas experiências. A banda da vocalista nunca conseguiu um contrato de edição discográfica apesar de ter feito primeiras partes de bandas tão ilustres como Five e Steps. As duas por que Jules de Martino passou editaram uns quantos singles mas nunca duraram muito tempo. Pois parece que o tempo perdido serviu para ficarem com um certo pó à indústria discográfica. Eles lá sabem.
Em que é que tudo isto influencia We Started Nothing, o álbum de estreia? Em muito, ora. Antes de mais, as melodias. Simples, repetitivas e ouvidas anteriormente, como se recomenda na música pop. Por outro lado, há uma irreverência constante (talvez fruto de terem “crescido” sozinhos como dupla) que acaba por tornar atractivas melodias que, dá-me a impressão, já ouvimos em qualquer lado.
Para além de “That’s Not My Name”, só mesmo “Be The One” acabou por fazer mossa aqui para estes lados. O resto ouve-se, é verdade, e até poderá ser apreciado no ambiente certo (ou pelas pessoas certas)… mas não é nenhuma coisa para se pôr num livro de memórias (a não ser que seja no de algum dos membros da banda, aí faz sentido). É um álbum giro, animado e pouco mais.