Foi uma decisão de última hora mas fui a Guimarães na sexta-feira para ver os The National. Sim, já os tinha visto na Aula Magna com óptimos resultados e no Alive de forma menos espectacular mas quis aproveitar para os ver ao vivo mais uma vez, ao ar livre e à noite.
De forma muito clara, digo-vos que este foi o melhor concerto que vi dos últimos três que os The National deram em Portugal. O espaço – jardim do Centro Cultural Vila Flor – era perfeito para a ocasião: pequeno e muito bonito. Lua cheia, uma noite incrivelmente quente e um público muito interessado completavam o contexto. A banda, por outro lado, juntou à competência e energia habituais um alinhamento quase perfeito. Com surpresas como “Murder Me Rachel”, “The Geese of Beverly Road” e “Lucky You” a completar um set quase completamente baseado em Boxer e Alligator (“The Geese of Beverly Road” também faz parte deste álbum mas não é das mais tocadas ao vivo), a noite dificilmente poderia ter sido má.
De resto, as costumeiras “Mistaken For Strangers”, “Apartment Story”, “Secret Meeting”, “Fake Empire”, “Daughters of the Soho Riots” e “Mr. November” (sempre a encerrar, claro) completaram brilhantemente uma grande noite dos The National em Guimarães.
Aproveito para dar os parabéns à organização do Manta que, arrisco-me a dizer, criou um monstro. Se o cartaz não bastasse, a forma relativamente pacífica como tudo decorreu (com menos pessoas a assistir é mais fácil, claro), a simpatia e o ambiente geral deixaram-me uma óptima impressão. Até deu para uma série de fãs abordarem quase todos os membros da banda (faltou Matt Berninger, o vocalista) para autógrafos, fotos ou simplesmente conversa, enquanto Manuela Azevedo passava música para os que ficaram pelo jardim depois de acabar o concerto. Fico à espera de novidades relativamente ao próximo ano.
Quanto aos The National, continuam a mostrar que o hype nem sempre é desprovido de sentido. São uma das melhores bandas da actualidade e o concerto que deram em Guimarães serve facilmente de prova.