Ao contrário do que seria de esperar, não acho que divulgar e promover música através dos meios de comunicação tradicionais seja uma má ideia. Enviar um CD ou um link para um jornalista ainda é uma forma barata de dar a conhecer música. Barata não só porque custa pouco mas porque também tem alguns resultados práticos. No entanto, não me parece que seja suficiente. Isto já para não falar da inutilidade dos passatempos.
O que quero dizer com isto é que a divulgação é uma variável que as editoras e os artistas precisam urgentemente de melhorar. Posso pôr-me aqui a falar do MySpace e do YouTube (sim, muitos ainda estão na fase em que estas são as novidades…) mas acho que nem é por aí. Em grande parte dos casos, o problema é conceptual. Quem promove, não pensa caso a caso, usa um método padrão (ainda por cima desactualizado) para todos os artistas. Quando toda a gente faz o mesmo, é difícil chamar a atenção.
Assim, enviar álbuns para jornalistas e bloggers, pôr músicas nas novelas, divulgar videoclips, tudo isso custa dinheiro. Criar e fomentar uma relação com os fãs também custa. No entanto, acho que arriscar pela segunda via (sem descurar a primeira, claro), através da Internet, dos concertos e das próprias edições… acaba por trazer mais resultados a longo prazo. Se só se pensa no álbum que vai sair amanhã e ainda por cima se vive num mundo onde o paradigma é o de há 10 anos atrás, a coisa não vai ao lugar.