Nasceu a Featured Artists Coalition, um grupo de pressão constituído por alguns músicos britânicos de renome cujo objectivo é, em linhas gerais, combater a injustiça na distribuição das receitas da venda e do licenciamento de música (sobretudo no ambiente digital) bem como o actual modus operandi da indústria no que diz respeito ao copyright.
Long story short, eles querem mais dinheiro e mais controlo sobre o seu trabalho.
Quanto ao copyright, nada a apontar. O que acontece actualmente é um negócio injusto para os artistas e altamente benéfico (pelo menos por princípio) para as empresas exploradoras. Já quanto ao dinheiro, a coisa é menos clara.
Percebo a ideia de quererem ganhar mais dinheiro com o dinheiro que os outros fazem à conta deles, se é que me percebem, mas às vezes é esse o preço a pagar. Ter um vídeo no YouTube não é só benéfico para a Google; é-o também para os artistas, que conseguem assim estar presente num dos maiores sites do mundo sem custos. Ora, em termos de marketing, isto é aquilo a que se pode chamar um bom negócio.
O problema aqui é o facto de os artistas envolvidos pensarem que não precisam de ter os seus vídeos no YouTube. São muito grandes. São conhecidos. Querem ganhar dinheiro com isso. E é esta a diferença entre eles e os pequenos.
O YouTube é uma ferramenta de marketing simples mas fantástica… e todos sabem disso. Alguns grandes artistas, como os Radiohead, os Gang of Four, os Kaiser Chiefs e Robbie Williams, sabem simplesmente que, se o YouTube desaparecesse hoje, continuariam grandes. Só parecem não ter noção de que os vídeos não teriam onde passar. E aí não haveria dinheiro para ninguém.
A Featured Artists Coalition é um grupo de pressão como qualquer outro. Tem alguns argumentos nobres mas, no fim, é dinheiro e controlo. Decidam vocês o que acham disso.