Não tenho muito a dizer sobre o novo dos Yeah Yeah Yeahs, confesso. Ao vivo,
Karen O e companhia são uma banda de topo. Em álbum, acabam por, na generalidade, me passar ao lado. Claro que há excepções e tal… mas apenas servem para confirmar a regra. E a regra na minha relação com os Yeah Yeah Yeahs de Fever to Tell e de Show Your Bones é a convivência cordial.
It’s Blitz! não muda muito o cenário. Ainda assim, merece a referência. É um álbum bem mais maduro, menos descontrolado. Mas o nervoso miudinho está lá… e Karen O continua assanhada e irritante, o que é perfeito. Como rebenta muito menos vezes nos nossos ouvidos (”Heads Will Roll” será a excepção mais óbvia e mesmo assim…), nunca liberta a tensão; antes, acumula-a, mesmo nos momentos mais calmos, como “Skeletons” e “Hysteric”, contribuindo positivamente para a qualidade do álbum e negativamente para a nossa saúde.
Não estou certo de perceber “Skeletons”. A repetição, aturo-a e até gosto. Aqueles ares de Spirit: Stallion of the Cimarron é que me incomodam um pouco. O que é quase certo é que “Dull Life” me dá algum sono (mas, em boa verdade, também já tinha algum antes…), apesar das guitarras e dos gritos. Ou por causa disso.
Do que eu gosto mesmo é de “Little Shadow”. Mas já se esperava, não era?