Os Recoil têm uma caixa super-especial para fãs extremamente dedicados que estejam dispostos a gastar mais de 100 euros num bonito objecto musical de colecção. Nada de novo até agora, certo? Em teoria, esta é daquelas situações em que todos ganham: ganham os Recoil e a editora, que ficam com os bolsos um pouco mais cheios, e ganham os fãs, que ficam com mais um item para satisfazer o seu fetiche do coleccionismo de música.
Mas um amigo que decidiu fazer a pré-encomenda da caixa tem sido vítima dos sucessivos atrasos, desculpas e promessas da loja e comentou comigo o seguinte:
É sempre bom pensar numa caixa para deixar os fãs felizes e depois irritá-los no processo!
E, de facto, é interessante. O efeito perverso que um mau serviço pode ter acaba por arruinar a experiência. Não totalmente, claro, que quando a caixa chegar a casa do meu amigo, esta chatice passa para segundo plano.
Segundo ele, na página de Facebook do projecto decidiram pedir feedback sobre a caixa. O resultado? Das 36 respostas que obtiveram nas primeiras horas, apenas uma pessoa tinha recebido. Entretanto, as queixas subiram de tom e já muitos se queixam do serviço de encomendas da editora e dizem que não pretendem voltar a comprar lá nada.
Nestas coisas, alienar fãs é muito pouco recomendável. Bem sei que na música as coisas não funcionam como com os sabonetes e uma má experiência com o processo de compra não chega para que as pessoas deixem de querer apoiar o artista. No entanto, convém prestar atenção a todos os aspectos, por mais insignificantes que pareçam. E quando as pessoas pagam 40 libras de portes de envio, tendem a ficar um pouco exigentes.