O Facebook relançou a sua página dedicada à música, que agora se chama Music on Facebook. Esta aposta surge numa altura em que a empresa é alvo de algumas críticas por parte da indústria, em termos genéricos, por não quererem saber da música para nada.
Em termos mais específicos, o Facebook tem sido acusado de estar pouco receptivo a trabalhar com empresas do sector. O CEO da RootMusic, empresa criadora da aplicação de música mais popular do Facebook, deu a entender que o Facebook não ouve as propostas e que não está disposto a trabalhar com os artistas.
A tendência da indústria da música (e isto aplica-se, aparentemente, às majors e às startups) para sacudir a água do capote e tentar pôr os outros a fazer o seu trabalho às vezes é enervante. O Facebook, com todos os seus defeitos, é uma plataforma que tem agradado às pessoas pelo que permite mas também pelo que dificulta (os contactos não solicitados de empresas são um dos melhores exemplos): há quem aceite trabalhar com isso… e há quem se queixe.
Mas adiante. Numa altura em que se discute um eventual Google Music, um eternamente adiado serviço de subscrição do iTunes e a entrada do Spotify no mercado norte-americano… o Facebook demonstra com isto que está atento mas não especialmente entusiasmado.
A página Music on Facebook dá alguns conselhos sobre como optimizar páginas de artistas e salas de concertos, por exemplo, bem como a fãs que queiram divulgar os seus artistas favoritos. E pronto, é isto. É quase certo que o Facebook aproveitará esta página para divulgar boas práticas e casos de sucesso na área da música mas não me parece que a coisa passe muito disso. Convém manter debaixo de olho as acções que envolvem check-ins no Places, no entanto.
Para mim, é uma página útil e de leitura interessante. Para vocês também deverá ser, sobretudo se andarem a tentar promover o vosso trabalho na Web. Mas calma aí com as expectativas, que isto não é nada de especial.