Mais trabalho, menos tempo para isto. You know the drill.
Mas hoje estou mais virado para as palavras e faço um pequeno esforço para vos dizer que não podia deixar de admitir aqui mais uma grande falha minha. Assim como assim, é para isso – pelo menos em parte – que este blog serve. A falha chama-se Mercury Rev e foi corrigida há umas duas semanas com a compra às cegas de Deserter’s Songs. Alguns de vós perguntarão “mas como é possível comprar um álbum tão aclamado como Deserter’s Songs às cegas!?”, outros perguntarão “mas quem são os Mercury Rev!?”. Só vos peço que não se cruzem uns com os outros na rua.
Deserter’s Songs é provavelmente o álbum mais conhecido dos Mercury Rev. Um daqueles álbuns que esteve nas listas todas de final de ano no ano em que foi lançado. 1998, já agora.
De qualquer forma, posso dizer-vos que tem sido um verdadeiro prazer conhecer este álbum. É acolhedor e, a espaços, quase doce. E tem um ambiente que não me deixa tirar os The Flaming Lips da cabeça. E a comparação não é descabida: o vocalista dos Mercury Rev fez parte da banda durante algum tempo (e a voz dele é parecidíssima com a de Wayne Coyne!) e Dave Fridmann, o baixista, produziu todos os álbuns dos The Flaming Lips excepto Transmissions from the Satellite Heart. Portanto… até que faz sentido.
Além disto, tem canções simplesmente fantásticas. “Holes”, “Opus 40″ e “Goddess on a Hiway” são apenas as obrigatórias mas o álbum é brilhante de uma ponta à outra. Se por acaso ainda não passaram por Deserter’s Songs num desses computadores, iPods ou aparelhagens que para aí há… despachem-se, que vai valer a pena. Fiquem com “Goddess on a Hiway” e vejam lá se não tenho razão.
O que me alegra nesta falha é que sei que há por aí mais maravilhas à espera de mim. Há por aí muitas bandas e artistas aclamados que fui ignorando por um ou outro motivo… e eu hei-de chegar a muitas delas. E há-de ser sempre assim, vou sempre ficar a perguntar “mas por que raio demorei tanto tempo?”.
Bem, estes já cá cantam. Quem se segue?