Os Daughter tocaram este sábado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e eu não poderia ter deixado de lá estar, mesmo estando incluídos no alinhamento do Vodafone Mexefest. A edição deste ano do festival era das menos interessantes e relevantes dos últimos anos (incluindo os tempos em que se chamava Super Bock Em Stock, claro). Além disso, não aprecio especialmente o modelo do festival, que vive das pessoas saltarem de uma sala para outra, não havendo quaisquer garantias de que se consiga ver realmente uma banda ou um artista que se queira ver. É a Vogue Fashion Night Out disfarçada de festival de música… e é pouco sobre a música. Não sou fã.
Mas tinha de ver Daughter. É uma das minhas bandas favoritas de 2013, graças ao ótimo álbum de estreia que lançaram no início do ano e às canções maravilhosas que fazem.
“Human”, “Winter”, “Love”, “Candles”, “Home” e sobretudo “Youth” são algumas dessas canções maravilhosas… e todas elas brilharam este sábado no Coliseu perante uma plateia rendida à banda mesmo antes do concerto começar. Confesso que não os sabia tão populares em Portugal.
Elena Tonra, a Daughter original, é provavelmente a pessoa mais tímida do mundo e pareceu genuinamente surpreendida com a resposta dada pelo público na estreia da banda em Portugal. A música deles pode não ser a coisa mais revolucionária do mundo… mas tem claramente uma qualidade acima da média e o reconhecimento recebido parece-me ser mais do que justo.
O concerto foi muito bom, como já perceberam. Durou apenas 55 minutos mas eles também só têm um álbum, portanto… De qualquer forma, ainda tive esperança que tocassem “Shallows” ou “Medicine” mas, pronto, fica para a próxima. Porque tem claramente de haver uma próxima em breve.