Este é o primeiro de três posts sobre o melhor da música em 2013.
2013 não foi o melhor ano de sempre em termos de concertos. Pelo menos, não para mim. Vi muitas coisas que queria ver mas basta olhar para o meu top 5 do ano passado para perceber que, com sorte, talvez o primeiro lugar desta lista lá entrasse.
Ainda assim, não me posso queixar. Vi pela primeira vez artistas como Neko Case, Explosions In The Sky, Grizzly Bear, Built to Spill, Titus Andronicus ou Deerhunter, e revi Yo La Tengo, Nick Cave e os meus queridos The National. Já tive anos piores.
Mas vamos ao que interessa. Fiquem com os melhores concertos de 2013…
5 – Queens Of The Stone Age no Super Bock Super Rock, no Meco (20 de julho)
Vieram a Portugal, fizeram o que tinham a fazer no Super Bock Super Rock e deixaram-me rendido. Era difícil fazer melhor do que aquilo – o alinhamento foi quase perfeito e a música é, já se sabe, algum do melhor rock feito nas duas últimas décadas.
4 – Mark Kozelek no Vagabundo, em Torres Vedras (12 de outubro)
Não há volta a dar. Mark Kozelek não vai estar em nenhum top de concertos além do meu, estou certo. Primeiro, porque não foi visto por gente suficiente, depois porque há muito que passou de moda e, por fim, porque é uma pessoa muito peculiar. Como é que um concerto de um artista com mais de 20 anos de carreira só tem músicas dos últimos três e chega a esta lista? Não sei. Mas quando conseguirem explicar-me a felicidade que um concerto dele me traz talvez tenham a vossa resposta.
3 – Local Natives na sala TMN ao Vivo, em Lisboa (17 de novembro)
Local Natives é definitivamente uma das minhas bandas favoritas de 2013. Fartei-me de ouvir os álbuns e vi dois concertos deles, um dos quais há pouco mais de um mês em Lisboa. E foram maravilhosos. Ainda hoje ando com a “Who Knows Who Cares” na cabeça.
2 – Daughter no Vodafone Mexefest, em Lisboa (30 de novembro)
Fui ao Mexefest especificamente para os ver e, apesar das minhas expectativas serem as melhores, conseguiram surpreender-me e agarrar-me. O público que os recebeu no Coliseu também ajudou à festa e a coisa acabou por ser memorável – bem, pelo menos para mim. Grande, grande alinhamento de uma grande banda ainda a ganhar corpo. Se este concerto aparece em segundo na minha lista, não posso esperar pelo próximo.
1 – Blur no Optimus Primavera Sound, no Porto (31 de maio)
É impossível esquecer o mosh em basicamente todas as canções (enquanto aguentei lá à frente, claro; estou a ficar velho para estas coisas) mas putos de tronco nu a serem idiotas são claramente um mal menor quando nos é dada por deus nosso senhor a oportunidade de ver os Blur ao vivo depois de estarem mortos e enterrados. O concerto foi perfeito e inesquecível, não sei o que dizer mais. Não poderia haver outro concerto nesta posição em 2013.