O Ouve-se acabou. A partir de hoje, podem (e devem!) visitar o STROBE para ler coisas parecidas com as que escrevemos aqui ao longo de mais de sete anos.
Como devem imaginar, escrevo estas palavras cheio de sentimentos contraditórios.
Por um lado, sei que foi uma boa decisão: pegar num projeto com o qual temos grande afinidade e uma excelente relação como o STROBE, injetar-lhe mais opinião e dinamismo e tentar torná-lo ainda maior e melhor é algo que nos entusiasma a todos.
Por outro lado, especialmente para mim, há uma sensação de fim de ciclo e de bons velhos tempos que ficam para trás. Independentemente da qualidade e dimensão do projeto, o Ouve-se foi desde 2008 uma constante na minha vida. Tinha 22 anos quando comecei a publicar artigos por aqui. Estou quase a fazer 30. Ainda é qualquer coisa. Foi o meu projeto ao longo deste tempo – o mais querido e aquele a que mais vontade tive de regressar, mesmo em períodos de longa ausência.
Há muita coisa que gostava de ter feito de forma diferente por aqui mas agora já está.
Não posso terminar sem agradecer ao Gonçalo Sítima, ao Gonçalo Trindade e especialmente ao João Oliveira, que emprestaram o seu tempo ao projeto e o tornaram um bocadinho melhor.
Quero ainda agradecer a todos vós, que justificaram cada minuto do tempo que investimos aqui. Apesar de não pensarmos especialmente em cliques e visitas, nunca quisemos escrever para o boneco, para ninguém ler. Vocês ajudaram-nos com isso. Posso dizer honestamente que essa foi a melhor parte.
Mas acreditamos genuinamente que o melhor está para vir. Gostávamos que viessem connosco.
O Ouve-se acabou. Este foi o último artigo publicado por aqui. Mas a ideia que lhe deu forma mantém-se viva (bem como alguns artigos, claro), agora no STROBE.
Muito obrigado a todos.