O meu último (pelo menos para já) artigo com exemplos da experiência. Se quiserem dar uma vista de olhos nos restantes:
– a experiência Broken Social Scene
Radiohead
Claro, tinha de ser. Os meus favoritos desde… 2004. Sim, demasiado tarde, bem sei. Ainda assim, lembro-me bem de como começou. Um download, uma audição e um reminder. Estava eu no 60 com dois colegas meus de faculdade (ia mostrar-lhes o Castelo de São Jorge) quando um deles começou a cantarolar a “Creep”. Deu-me vontade de ouvi-la. Depois disto, foi uma doença que piorou.
A experiência Radiohead é:
– uma colecção de cerca de 50 CDs, uns quantos DVDs e um par de discos de vinil que tem demorado a crescer;
– o êxtase no momento em que me ofereceram o na altura raro EP Airbag/How Am I Driving? e, posteriormente, a edição especial do Amnesiac;
– o entusiasmo com o lançamento do In Rainbows;
– o esforço (levado até ao fim) para não ouvir o segundo disco do In Rainbows antes de ter o original nas mãos;
– a viagem de expresso para o Alentejo que começou com o Kid A;
– as 53 vezes seguidas que ouvi “How I Made My Millions?”, um b-side obscuro em que se ouve a namorada do Thom Yorke a fazer qualquer coisa lá por casa;
– os bootlegs, sempre os bootlegs;
– o sorriso após os primeiros segundos de “15 Step” no iPod a caminho do trabalho no dia 10 de Outubro;
– a primeira vez que liguei convenientemente ao The Bends para desenjoar do Pablo Honey (sim, a minha evolução foi mais ou menos de acordo com a cronologia da discografia);
– a versão leakada de Hail To The Thief de que só me apercebi depois de comprar o original;
– promos, promos, promos;
– “Killer Cars”, o primeiro b-side;
– “Lift”, uma das melhores de sempre;
– um trabalho de faculdade sobre a “Fake Plastic Trees” (acabei com 17);
– véspera de Santo António e eu sozinho em Barcelona para assistir ao melhor concerto da minha vida e, tendo tudo o resto em conta, um dos momentos mais altos dos meus vinte e poucos anos;
– músicas perfeitas.
Não há grandes explicações. Os Radiohead são a minha banda 360º, a minha favorita. A marca Radiohead, de que falei há algum tempo, é apenas uma pequena parte da experiência Radiohead. O que sobra é quase mágico, inqualificável.