Por esta altura já devem ter lido qualquer coisa sobre o acordo possivelmente histórico entre a Virgin Media e a Universal Music para a disponibilização do catálogo completo da editora em MP3 em troco de uma mensalidade de custo inferior a dois CDs.
Pois bem, muito rapidamente:
1. Este acordo tem tudo para ser um passo em frente: o acesso total e ilimitado aos catálogos das editoras em troca de uma mensalidade é daquelas coisas que toda a gente com dois dedos de testa propõe há já algum tempo. Ainda assim, não deixa de ser uma pena que este acordo só inclua a Universal, deixando de fora três outras majors e todas as editoras independentes.
2. A Virgin Media, ISP britânico, serve mais ou menos como parceiro tecnológico da editora. O que significa isto na prática? Infelizmente, que a resposta gradual será posta em prática: serão suspensas contas de utilizadores que recorram no download ilegal de música, ficarão com menor largura de manda e, em última instância, poderão perder o acesso à Internet. Mas não se fiquem por esta leitura superficial do assunto. O Miguel Caetano tem feito um excelente trabalho de pesquisa neste campo, se tiverem interesse.
3. Não consigo deixar de pensar que, com apenas uma editora, a tendência para a partilha de ficheiros deverá manter-se como dantes. Resta saber se as outras editoras querem seguir este caminho – e, em caso afirmativo, se se querem juntar a este acordo ou desenvolver os seus próprios acordos isoladamente. Se seguirem caminhos separados, a coisa está condenada ao fracasso.