Apesar de gostar bastante de The Woods, o último álbum que as Sleater-Kinney editaram antes de entrarem num eufemista hiato por tempo indeterminado, não fiquei propriamente em pulgas quando soube que iam voltar e que vinha aí novo álbum. Mas lá decidi, há uma ou duas semanas, que ia ouvir No Cities To Love.
E não é que o raio do álbum é mesmo bom? Eu todo contente a pensar que ia fazer piadas como “ó Sleater-Kinney, os anos 90 ligaram e querem os seus riffs de volta” e elas trocaram-me as voltas.
Aquele espírito meio cru, meio grandioso que se sente durante o álbum todo faz com que o tempo passe a correr. Sejuntarmos a isto o facto de “Price Tag”, a primeira música de No Cities To Love, ser a melhor de um conjunto cheio de boas músicas (na boa tradição identificada por Miguel Esteves Cardoso nas suas crónicas de música que viriam a ser compiladas em Escrítica Pop), a opção no final é óbvia: voltar a ouvir. E é assim que surgem os vícios, miúdos.
Comecem por aqui e depois não parem, que coisas como “Fangless”, “Surface Envy” e “Bury Our Friends” fazem de No Cities To Love um álbum mais que obrigatório.