Porque é que pagamos dezenas de euros por serviços de subscrição de televisão por cabo, satélite ou o que quer que seja? Sei que a resposta não é assim tão simples mas às vezes parece.
No meu caso, por exemplo, ligo a televisão para ver sobretudo séries e e pouco mais. Justifica-se? Bem, enquanto não houver um Hulu por cá, arrisco dizer que sim. Mas não consigo deixar de pensar que os meus hábitos de consumo de conteúdos televisivos seriam muito diferentes se me convertesse a um estilo mais on-demand e menos “deixa cá ver o que está a dar”. E a verdade é que já há online muitos conteúdos que valem infinitamente mais do que dois terços do que podemos ver nas dezenas de canais por cabo com que nos cruzamos diariamente.
Vejam, por exemplo, o caso das 4AD Sessions. Boa música gravada ao vivo, bem filmada, em alta definição… Porque é que eu não estou a ver isto na minha televisão? Porque continua a ser mais fácil “ver o que está a dar” em vez de ver o que me interessa. E isto diz muito sobre mim, claro, mas também diz algo sobre a forma como os conteúdos são distribuídos – do software ao hardware, passando pelos constrangimentos legais.
Google, Apple, Microsoft, fabricantes de televisores e operadores de televisão são apenas alguns dos interessados neste mercado. Um consumo de televisão on-demand oferece grandes oportunidades a anunciantes, consumidores e a criadores de conteúdos. Tecnologicamente, já agora, é tudo facilmente posto em prática. Então porque é que ainda não chegámos a esse ponto? Não sei, honestamente. Mas planeio começar a forçar a mudança de mindset em minha casa.
E começo com as 4AD Sessions.