Não percebo o barulho em torno dos Grammys

Sei que já venho tarde mas deixem-me só fazer umas quantas observações:

1. Os Grammys são prémios americanos. Dois ou três dos outros conjuntos de prémios a que nós damos importância também, nomeadamente os de cinema. Tanto me faz mas… muito mais do que os Oscars ou o que quer que seja, os Grammys são intrínseca e inevitavelmente americanos. A country é rainha. R’n’B e hip-hop saem habitualmente vencedores. O resto pouco interessa. Os Grammys são os prémios mais importantes da música nos Estados Unidos, sem dúvida. No resto do mundo, no entanto, não percebo porquê. Não faz sentido.

2. Os Grammys são estúpidos. OK, talvez não sejam os Grammys propriamente ditos mas antes a NARAS. Então não é que andam no YouTube a apagar vídeos das actuações da cerimónia? Como diz, e bem, Michael King a propósito do vídeo de “15 Step” dos Radiohead com a USC Marching Band, parece que fazem questão de apagar o melhor conteúdo que têm desde há muito tempo e certificam-se de que ninguém consegue ver nem partilhar nada. Brilhante!

3. Os Grammys são estranhos. Aqueles duetos, aquele entusiasmo todo e a leve sensação de regresso ao início da década de 90 arrepiam-me. Mas pronto, isto já sou eu a embirrar.