O último álbum do Morrissey não me caiu no goto à primeira. Ou melhor, caiu-me como o “mais do mesmo” que é. O problema aqui é que eu nem sou um grande fã dele. Deixei passar uns dias e ouvi-o novamente. Soou melhor. E isto foi há um ou dois meses.
Agora digo com segurança que gosto do disco. Years of Refusal não é assim tão diferente dos últimos álbuns dele. Bons singles, pouco desperdício de tempo, boas canções, boas letras, os temas do costume e por aí fora. E isto não é revolucionário mas também não é mau. É um bom álbum, daqueles que não envergonham – e estou certo de que Morrissey tem uns quantos.
As primeiras cinco canções, por exemplo, poderão servir para lembrar a todos os miúdos que por aí andam a tentar fazer música pop que há por aí uns quantos tipos da velha escola que a fazem com uma perna às costas. E imagino a força de temas como “Something is squeezing my skull” ou “All you need is me” ao vivo…