Eu nem sei por onde começar. Este artigo não tem palavras, tem pinceladas de felicidade.
Os Low preparam-se para lançar um álbum a 18 de março. Intitulado The Invisible Way, este álbum foi produzido em Chicago por Jeff Tweedy, o vocalista dos Wilco, definitivamente uma das melhores bandas norte-americanas dos últimos 20 anos. Alan Sparhawk põe as coisas de forma bastante clara:
“Enquanto passávamos por Chicago, em digressão, parámos finalmente para visitar os Wilco no seu estúdio, The Loft. Eles tinham-nos convidado para lá passar várias diversas vezes ao longo dos anos mas este seria finalmente o dia. É um grande sítio – um mar de instrumentos num ambiente de trabalho relaxado e aberto. É fixe mas o que nos converteu realmente foi ouvir as novas faixas de Mavis Staples em que ele estavam a trabalhar: grandes, simples, cruas e íntimas. Foram feitos planos logo ali na altura.”
Mas há mais. O vocalista e guitarrista dos Low fala ainda das diferenças deste álbum relativamente a todos os outros que editaram nos últimos 19 anos. Aparentemente, em 11 canções, cinco são cantadas por Mimi, o que é uma verdadeira revolução; além disso, piano e guitarra acústica vão fazer-se ouvir bastante mais do que o habitual.
A banda vai entrar em digressão logo a partir de abril e, como seria de esperar, não tem, para já, concerto agendado para Portugal. É pena, sobretudo tendo em conta o concerto perfeito que deram este ano em Santa Maria da Feira.
Mas as coisas maravilhosas não se ficam pelo álbum, que me merece toda a expectativa do mundo. É que a banda está a disponibilizar um EP digital gravado ao vivo chamado Plays Nice Places, que abre com “Words” em que se destaca a colaboração com Ben Gibbard, vocalista dos Death Cab For Cutie. “Murderer”, “Sunflowers”, “Witches”, “Pissing” e a nova “Waiting” completam o alinhamento deste EP que ainda por cima está disponível de borla. É de borla… e é excelente.
Digo sempre isto: os Low não sabem fazer senão boa música. The Invisible Way vai ser deprimente e maravilhoso, tenho a certeza. Voltamos a falar em março.