Fez este mês 30 anos que foi lançado o primeiro CD de música. A honra coube a Billy Joel com a reedição – em CD, lá está – de 52nd Street, lançado originalmente em 1978. E foi reeditado em 1982 para acompanhar o primeiro leitor de CD, lançado pela Sony.
Em boa verdade, a coisa não começou aí. Isso foi apenas a concretização de um projeto começado 8 anos antes pela Philips que acabou com as duas companhias – Philips e Sony – a desenvolver uma parceria para lançar CDs e respetivos leitores no mercado.
De resto, toda a gente sabe que o formato ganhou rapidamente o estatuto de padrão da indústria, revolucionando-a a diversos níveis, sendo o mais óbvio o facto de ter sido o primeiro mergulho da música num gigante mar digital. Mas interessa-me mais outro ângulo: o de que as coisas mudam depressa.
Eu sei que estou a constatar o óbvio mas permitam-me que o faça. Nada dura para sempre. O domínio do CD na música gravada não é certamente uma exceção, como temos percebido ao longo dos últimos anos. Já agora, dou numa de Nostradamus e digo-vos que o Facebook, o Google e a Apple não vão ser as maiores coisas do mundo para sempre. E mais: a próxima grande coisa pode já andar por aí, seja nas ruas ou em laboratórios.
Continuem a fazer a vossa vida musical normal. Mas tenham em mente que as coisas mudam. Para os músicos e para as editoras isto é uma mensagem especialmente importante, dado o passado recente de inércia. Estejam preparados. O CD ainda tem mais uns 10 anos pela frente, certamente, mas… não me parece que haja outro caminho que não o descendente. Mas pensem que há 10 anos não havia YouTube nem Facebook e que o iPhone tem apenas 5 anos.
Ainda há tanto por descobrir…