O melhor de 2011 – concertos

The National

Este é o primeiro de três posts sobre o melhor da música em 2011.

2011 foi um ano estranho em termos musicais. Ainda fui a alguns concertos – embora tenha deixado os pequenos e relativamente pequenos de fora, o que é uma pena – mas não ouvi tanta música nova como deveria. Acho que os meus concertos favoritos deste ano reflectem a minha estadia prolongado na minha zona de conforto. Mas a verdade é que se está muito confortável por aqui.

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Bon Iver em Paris e a minha inquietação

Percebi há uns dias que não disse nada aqui sobre o concerto de Bon Iver a que assisti em Paris, durante o Pitchfork Music Festival, no final de Outubro.

Pois que agora é tarde para grandes prosas mas podem ter a certeza de que foi um concerto quase perfeito, como seria de esperar. O recinto estava a abarrotar de casais beijoqueiros, gigantes escandinavos e italianos barulhentos para assistir ao concerto mais importante do festival por onde já tinham passado Aphex Twin, Cut Copy, Lykke Li e Jens Lekman, entre outros.

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Um álbum crescido

dan-mangan-oh-fortune

Dan Mangan é um prazer recente. Há coisa de ano e meio, cruzei-me com uma canção dele – “Robots” – e fiquei interessado. Isto acontece-me de vez em quando: ouço uma música, acho interessante, e decido dar uma oportunidade a um álbum ou ao que quer que o artista tenha gravado. Foi o que fiz. Mas demorei uns meses valentes até ouvir Nice, Nice, Very Nice e, quando o fiz, roguei-me pragas por ter demorado tanto tempo. O álbum era, a todos os níveis, uma obra fantástica. Tinha canções maravilhosas, como “Basket” ou “Fair Verona”, e conjugava uma folk desinibida com letras absolutamente perfeitas. Tudo isto regado a uma espécie de depressão suburbana de que só podia gostar.

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Post-war Blues

Ainda está ouvido de fresco mas já é uma das músicas do ano para mim. O novo LP (e um saco e um poster e um booklet e uma t-shirt e, claro, o CD) de Dan Mangan – vocês sabem do que é que eu estou a falar – chegou-me hoje com o epíteto de “disco mais caro que comprei” (porque veio do Canadá e porque a Alfândega trabalha bem) e ainda só o ouvi uma vez… mas hei-de escrever sobre ele brevemente.

A música a que me refiro especificamente é “Post-war Blues” e ainda não tenho muitas palavras para a qualificar. Sei que, quando as tiver, serão lisonjeiras para a música. Ou apenas justas, não sei. Para já, ouçam (e vejam) esta versão ao vivo, que vale muito, muito a pena.

Deserter’s Songs – ou como aos poucos hei-de lá chegar

Mercury Rev - Deserter's Songs

Mais trabalho, menos tempo para isto. You know the drill.

Mas hoje estou mais virado para as palavras e faço um pequeno esforço para vos dizer que não podia deixar de admitir aqui mais uma grande falha minha. Assim como assim, é para isso – pelo menos em parte – que este blog serve. A falha chama-se Mercury Rev e foi corrigida há umas duas semanas com a compra às cegas de Deserter’s Songs. Alguns de vós perguntarão “mas como é possível comprar um álbum tão aclamado como Deserter’s Songs às cegas!?”, outros perguntarão “mas quem são os Mercury Rev!?”. Só vos peço que não se cruzem uns com os outros na rua.

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Por oito objectivos

por-um-objectivo

Eu sou o tipo mais céptico do mundo no que diz respeito a campanhas por causas sociais. Se forem marcas, então, é difícil convencerem-me de que a responsabilidade social corporativa desta ou daquela empresa não é mais do que um esforço de marketing. Há excepções, certamente, mas este prólogo serve mais para vos falar do meu cepticismo do que propriamente da boa ou má vontade de quem tenta fazer alguma coisa. E nem sei porque é que comecei a falar de empresas… Não é disso que trata este texto.

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Evolver.fm

Isto talvez seja uma nova rubrica de destaques, talvez não.

Neste momento, faz sentido que destaque este excelente blog de Eliot Van Buskirk. Este ex-jornalista da CNET e da Wired escreve sobre música e tecnologia, com um enfoque muito especial nas aplicações.

Os artigos publicados no Evolver.fm estão uns furos bem acima da média e tratam com profundidade um assunto que outros apenas afloram. O blog é publicado pela The Echo Nest, empresa por trás de uma plataforma em que se apoiam algumas apps de música, tanto Web como móveis.

Enfim, não me vou alongar muito. Se se interessam por este novo caminho do negócio da música, aconselho-vos a dar uma vista de olhos no blog.

Think you can wait

Não estava nada à espera mas o concerto de The National da semana passada estragou-me.

Um gajo está muito bem a ouvir o novo álbum do Bon Iver (havemos de lá chegar, daqui a uns dias ou umas semanas, que eu gosto de saborear as coisas) e pára, por momentos, para ir a um concerto no Campo Pequeno e, pronto, é isto que acontece. Agora não ouço outra coisa.

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