A provocação das 7 canções

Vou fazer uma coisa que não faço habitualmente, que é ceder a este tipo de provocações (há quem lhes chame memes… mas quando me metem ao barulho, transformam-se em provocações). O Gonçalo Trindade, cujo blog sigo há já algum tempo, desafiou-me a escolher as minhas sete canções favoritas de todos os tempos e a desafiar sete pessoas a fazer o mesmo (esta é a parte de que normalmente não gosto porque me recorda aquelas belas correntes…). Aceito, a modos que a custo… mas aceito.

É ao segundo parágrafo que entra o meu disclaimer: amanhã ou depois, este conjunto de sete seria diferente. Mas é música pop… so, who cares?

Vamos tentar fazer isto por ordem… e com uma regra apenas: uma música por banda.

1. “Fake Plastic Trees”, Radiohead

Sabem que mais? Ainda estou para ter a certeza relativamente a isto. Não sei se a “Fake Plastic Trees” é minha música favorita dos Radiohead mas, se for, é a minha favorita de todas as que existem. A letra e a música são fantásticas e a história de a terem gravado depois de verem um concerto de Jeff Buckley, a ser verdade, é das melhores coisas de sempre. A banda, essa, já todos sabemos que é a melhor.

2. “Ibi Dreams of Pavement (A Better Day)”, Broken Social Scene

Bem sei que sou a única pessoa que adora de morte os Broken Social Scene… mas ei!, este post é sobre as minhas canções favoritas, por isso, está esta aqui, sem hipótese de discussão. Épica, gigante, foi amor à primeira vista.

3. “Apartment Story”, The National

Mais um caso pessoal óbvio. Não seria, em circunstâncias normais, uma das minhas músicas favoritas… mas o que raio são circunstâncias normais? Os The National cresceram rapidamente por estes lados e decidiram ficar. Ou decidi eu, provavelmente. “Apartment Story” é agridoce, mas sobretudo doce, e esta música faz-me bem.

4. “Last Goodbye”, Jeff Buckley

O segundo clássico da lista. Jeff Buckley foi um dos principais motivos para me agarrar ao lado bom da música. Esta música não foi decididamente um caso isolado mas foi, desde o início, a que mais se destacou em Grace, o brilhante Grace.

5. “The Bleeding Heart Show”, The New Pornographers

É uma das canções com melhor fase final de sempre. Não consigo dizer muita coisa sobre ela… mas já há muito que roda por aqui com frequência e não dá sinais de enfraquecer (o vídeo, esse, é oficioso e feito por fãs, do tempo em que ainda não havia concursos para isso). O resto das músicas também não são nada de se deitar fora.

6. “Good Woman”, Cat Power

Digam o que disserem, não há voz como esta. E esta canção (aqui em mais um vídeo nada oficial), que tem ali a ajuda do Eddie Vedder a determinada altura, é das coisas mais bonitas que saíram da mente brilhante de Chan Marshall. Já a pessoa que fez o vídeo (adivinharam: oficioso), não digo que merecesse morrer… mas penso isso mesmo.

7. “Dirty Girl (Live at Town Hall)”, Eels

À sétima música, a coisa fica definitivamente polémica. Esta música chegou-me só este ano. Nunca a tinha ouvido antes, nesta versão ao vivo ou na original de estúdio. Por isso, pode ser que ainda esteja a fazer este julgamento completamente toldado pelo momento (que já dura há uns meses valentes). Mas não interessa (se quiserem, releiam o disclaimer). Outra coisa engraçada é ser especificamente esta versão, que é muito diferente da original. A original é uma peça de rock’n’roll bem catita mas não é material para as melhores canções de sempre. A versão ao vivo, de que já falei aqui, é.

Comece a discussão. Gostava de ver – mas só porque sou, de certa forma, obrigado a não quebrar a corrente (argh!) – se estaestaestaestaestaesta e esta pessoas têm alguma coisa a dizer sobre o assunto.