This Book is Broken

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Li há poucos dias – em apenas duas sessões – um excelente livro sobre uma das minhas bandas favoritas: os Broken Social Scene. Estive para comprar This Book Is Broken: A Broken Social Scene Story, de Stuart Berman, durante muito tempo e já andava para o ler há alguns meses mas só no final da semana passada decidi pegar nele. Claro que, a partir do momento em que comecei, não consegui parar de o ler.

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Fnac vs. Amazon: uma ida às compras

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Ontem à noite dei um salto à Amazon.co.uk e decidi fazer uma coisa que nunca tinha feito: explorar as pechinchas da secção de CDs. Não tivesse eu algum tino e a encomenda teria resultado em mais de 20 discos. Fiquei-me pelos oito. Com portes (e mais um livro no carrinho), paguei pouco menos de 70 euros.

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O melhor de 2009 – canções

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Este é o primeiro de dois posts sobre o melhor da música em 2009.

Chegou aquela altura do ano. Para mim, o 2009 da música foi atípico a quase todos os níveis: ouvi menos música e menos artistas, fui a pouquíssimos concertos e escrevi sobre música muito menos vezes do que gostava. Portanto perdoem o aparente caos (conceptual?) destes dois posts. Para já, fiquem com as minhas canções favoritas de 2009. Escusado será dizer que esta lista serve para hoje. Amanhã talvez mude de ideias.

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Yo La Tengo em Portugal

Tenho andado a perder demasiados concertos este ano pelos mais diferentes motivos. A ver se a coisa muda em 2010.

Em Março, os Yo La Tengo vão actuar duas vezes em Portugal: a primeira é no dia 14 na Aula Magna, em Lisboa; a segunda é no dia seguinte na Casa da Música, no Porto.

Na bagagem trarão, até prova em contrário, Popular Songs, o seu mais recente álbum de originais mas também mais de 25 anos de boa música. Disse e volto a dizer que têm um dos melhores guitarristas do mundo, Ira Kaplan.

Os bilhetes custam 23 euros. A ver se compro o meu rapidamente.

Mudança, ondas e outros pensamentos soltos

Não estou certo de perceber bem o que se passa com o negócio da música gravada. Quer dizer, sei que a coisa não anda famosa – apesar de ainda se baterem recordes com relativa facilidade – mas também sei que tenho visto muita informação contraditória nos últimos anos.

Foco-me por momentos nas majors. Porquê? Porque são potenciais agentes de mudança óbvios, já que têm dimensão e dinheiro para pôr as coisas a andar.

A dimensão e o dinheiro são, paradoxalmente, os principais motivos para a estagnação criativa da indústria. As coisas estavam boas como estavam antes (para elas) e o esforço financeiro das principais editoras tem ido directamente para a manutenção do status quo. Mas esta luta contra o mundo tem tido resultados desapontantes (para elas).

Claro que houve evoluções – o crescimento dos downloads pagos, mais campanhas de mid-price (pelo menos em Portugal notou-se um crescimento bastante acentuado) e afins, melhor oferta, etc. – mas as principais editoras foram na onda quando, pelo dinheiro e pela dimensão que têm, deveriam ser a onda.

E agora? Agora estamos num momento perigoso. Enquanto lêem este texto, há uns quantos lobbyistas profissionais a tentarem influenciar os legisladores europeus no sentido de pôr em prática leis mais apertadas de combate à partilha de música. Imposições aos ISPs, vigilância mais apertada… No fundo, caminhamos para uma Internet menos neutra do que o desejável, para um cenário mais próximo do de caóticos filmes futuristas de ficção-científica. Para mim, é surpreendente que não se ouça falar sobre isto senão nos sítios do costume – e que esta quase crítica sirva também para mim.

É que as coisas estão mesmo a andar.