Li há poucos dias – em apenas duas sessões – um excelente livro sobre uma das minhas bandas favoritas: os Broken Social Scene. Estive para comprar This Book Is Broken: A Broken Social Scene Story, de Stuart Berman, durante muito tempo e já andava para o ler há alguns meses mas só no final da semana passada decidi pegar nele. Claro que, a partir do momento em que comecei, não consegui parar de o ler.
A lot of great art goes down the drain
Muita boa arte vai pelo cano abaixo por este ou aquele motivo. No caso específico de “The Needle And The Damage Done”, Neil Young fala-nos de droga.
https://youtu.be/fi2XCsPKlY8
A velhice segundo Mark Oliver Everett
Depois de morte, cancro e hospitais no genial Electro-shock Blues, do suicídio em Blinking Lights and Other Revelations e do desejo desesperado em Hombre Lobo, agora é a vez da velhice. End Times é mais um álbum conceptual da banda de Mark Oliver Everet e, desta feita, a coisa saiu diferente.
Fnac vs. Amazon: uma ida às compras
Ontem à noite dei um salto à Amazon.co.uk e decidi fazer uma coisa que nunca tinha feito: explorar as pechinchas da secção de CDs. Não tivesse eu algum tino e a encomenda teria resultado em mais de 20 discos. Fiquei-me pelos oito. Com portes (e mais um livro no carrinho), paguei pouco menos de 70 euros.
Numa nota mais pessoal – a década
Numa altura em que, como acrescento à já habitual azáfama das listas dos melhores álbuns do ano, a Web e as revistas se enchem de tops da década, parece-me adequado falar sobre o assunto de forma diferente. Isto é sobre os últimos dez anos e a música vistos daqui.
O melhor de 2009 – álbuns
Este é o segundo de dois posts sobre o melhor da música em 2009.
Depois das canções, os álbuns. O ano não foi famoso mas, com esforço, conseguimos sempre encontrar uma ou outra pérola.
Feliz Natal, etc.
A minha proposta para a consoada: rock’n’roll natalício.
O melhor de 2009 – canções
Este é o primeiro de dois posts sobre o melhor da música em 2009.
Chegou aquela altura do ano. Para mim, o 2009 da música foi atípico a quase todos os níveis: ouvi menos música e menos artistas, fui a pouquíssimos concertos e escrevi sobre música muito menos vezes do que gostava. Portanto perdoem o aparente caos (conceptual?) destes dois posts. Para já, fiquem com as minhas canções favoritas de 2009. Escusado será dizer que esta lista serve para hoje. Amanhã talvez mude de ideias.
Yo La Tengo em Portugal
Tenho andado a perder demasiados concertos este ano pelos mais diferentes motivos. A ver se a coisa muda em 2010.
Em Março, os Yo La Tengo vão actuar duas vezes em Portugal: a primeira é no dia 14 na Aula Magna, em Lisboa; a segunda é no dia seguinte na Casa da Música, no Porto.
Na bagagem trarão, até prova em contrário, Popular Songs, o seu mais recente álbum de originais mas também mais de 25 anos de boa música. Disse e volto a dizer que têm um dos melhores guitarristas do mundo, Ira Kaplan.
Os bilhetes custam 23 euros. A ver se compro o meu rapidamente.
Mudança, ondas e outros pensamentos soltos
Não estou certo de perceber bem o que se passa com o negócio da música gravada. Quer dizer, sei que a coisa não anda famosa – apesar de ainda se baterem recordes com relativa facilidade – mas também sei que tenho visto muita informação contraditória nos últimos anos.
Foco-me por momentos nas majors. Porquê? Porque são potenciais agentes de mudança óbvios, já que têm dimensão e dinheiro para pôr as coisas a andar.
A dimensão e o dinheiro são, paradoxalmente, os principais motivos para a estagnação criativa da indústria. As coisas estavam boas como estavam antes (para elas) e o esforço financeiro das principais editoras tem ido directamente para a manutenção do status quo. Mas esta luta contra o mundo tem tido resultados desapontantes (para elas).
Claro que houve evoluções – o crescimento dos downloads pagos, mais campanhas de mid-price (pelo menos em Portugal notou-se um crescimento bastante acentuado) e afins, melhor oferta, etc. – mas as principais editoras foram na onda quando, pelo dinheiro e pela dimensão que têm, deveriam ser a onda.
E agora? Agora estamos num momento perigoso. Enquanto lêem este texto, há uns quantos lobbyistas profissionais a tentarem influenciar os legisladores europeus no sentido de pôr em prática leis mais apertadas de combate à partilha de música. Imposições aos ISPs, vigilância mais apertada… No fundo, caminhamos para uma Internet menos neutra do que o desejável, para um cenário mais próximo do de caóticos filmes futuristas de ficção-científica. Para mim, é surpreendente que não se ouça falar sobre isto senão nos sítios do costume – e que esta quase crítica sirva também para mim.
É que as coisas estão mesmo a andar.
Dose Yorke
Há uns meses, falei aqui de Ciao My Shining Star: The Songs of Mark Mulcahy, um projecto de beneficiência que contava com a participação dos R.E.M., de Thom Yorke, The National e Mercury Rev, entre outros. Thom Yorke participa com uma versão de “All For The Best”, que está bem porreira, já agora.