Este é o segundo de dois posts sobre o melhor da música em 2009.
Depois das canções, os álbuns. O ano não foi famoso mas, com esforço, conseguimos sempre encontrar uma ou outra pérola.
Música que não sai da cabeça
Este é o segundo de dois posts sobre o melhor da música em 2009.
Depois das canções, os álbuns. O ano não foi famoso mas, com esforço, conseguimos sempre encontrar uma ou outra pérola.
A minha proposta para a consoada: rock’n’roll natalício.
Este é o primeiro de dois posts sobre o melhor da música em 2009.
Chegou aquela altura do ano. Para mim, o 2009 da música foi atípico a quase todos os níveis: ouvi menos música e menos artistas, fui a pouquíssimos concertos e escrevi sobre música muito menos vezes do que gostava. Portanto perdoem o aparente caos (conceptual?) destes dois posts. Para já, fiquem com as minhas canções favoritas de 2009. Escusado será dizer que esta lista serve para hoje. Amanhã talvez mude de ideias.
Tenho andado a perder demasiados concertos este ano pelos mais diferentes motivos. A ver se a coisa muda em 2010.
Em Março, os Yo La Tengo vão actuar duas vezes em Portugal: a primeira é no dia 14 na Aula Magna, em Lisboa; a segunda é no dia seguinte na Casa da Música, no Porto.
Na bagagem trarão, até prova em contrário, Popular Songs, o seu mais recente álbum de originais mas também mais de 25 anos de boa música. Disse e volto a dizer que têm um dos melhores guitarristas do mundo, Ira Kaplan.
Os bilhetes custam 23 euros. A ver se compro o meu rapidamente.
Não estou certo de perceber bem o que se passa com o negócio da música gravada. Quer dizer, sei que a coisa não anda famosa – apesar de ainda se baterem recordes com relativa facilidade – mas também sei que tenho visto muita informação contraditória nos últimos anos.
Foco-me por momentos nas majors. Porquê? Porque são potenciais agentes de mudança óbvios, já que têm dimensão e dinheiro para pôr as coisas a andar.
A dimensão e o dinheiro são, paradoxalmente, os principais motivos para a estagnação criativa da indústria. As coisas estavam boas como estavam antes (para elas) e o esforço financeiro das principais editoras tem ido directamente para a manutenção do status quo. Mas esta luta contra o mundo tem tido resultados desapontantes (para elas).
Claro que houve evoluções – o crescimento dos downloads pagos, mais campanhas de mid-price (pelo menos em Portugal notou-se um crescimento bastante acentuado) e afins, melhor oferta, etc. – mas as principais editoras foram na onda quando, pelo dinheiro e pela dimensão que têm, deveriam ser a onda.
E agora? Agora estamos num momento perigoso. Enquanto lêem este texto, há uns quantos lobbyistas profissionais a tentarem influenciar os legisladores europeus no sentido de pôr em prática leis mais apertadas de combate à partilha de música. Imposições aos ISPs, vigilância mais apertada… No fundo, caminhamos para uma Internet menos neutra do que o desejável, para um cenário mais próximo do de caóticos filmes futuristas de ficção-científica. Para mim, é surpreendente que não se ouça falar sobre isto senão nos sítios do costume – e que esta quase crítica sirva também para mim.
É que as coisas estão mesmo a andar.
Há uns meses, falei aqui de Ciao My Shining Star: The Songs of Mark Mulcahy, um projecto de beneficiência que contava com a participação dos R.E.M., de Thom Yorke, The National e Mercury Rev, entre outros. Thom Yorke participa com uma versão de “All For The Best”, que está bem porreira, já agora.
Boa prosa, a do Rui Carmo no The Tao of Mac sobre aquilo que consigo descrever apenas como o peso dos discos. Recomendo.
Isto está a tornar-se ridículo.
Não sei muito bem o que é que eles andam a fazer. Depois do iLike, agora é a vez do imeem. Ainda não está confirmado mas tudo indica que o MySpace vai comprar o serviço gratuito de streaming de música imeem.
A Optimus às vezes anda um tanto ou quanto aos papéis. Mas às vezes também acerta em cheio.
Depois daquelas coisas todas com os Xutos & Pontapés e da indecisão em torno dos concertos Optimus, avançaram para os Optimus Discos, uma iniciativa que merece ser destacada. Lançado em Março deste ano, este projecto já vai na terceira série de música portuguesa gratuita. Os EPs são disponibilizados no site para download mas a iniciativa não se fica por aqui: a Fnac vende-os a um bom preço, o que sempre dá para recuperar algum e satisfazer os fetichistas do CD.
Que este texto seja um pequeno parêntesis nos registos históricos deste blog.
Quero justificar o tempo que decorre entre as últimas actualizações. E não vou justificar estas ausências prolongadas com o facto de trabalhar (o que acontece desde antes de ter o blog) ou com a minha preguiça (que também me acompanha há já bastante tempo). Justifico-as assim:
Sim, são duas torres de CDs. Ando mais ou menos em mudanças (é por isto!). O pior já passou, acho eu… portanto devemos estar quase a voltar ao normal. Entretanto, vão-me seguindo no Twitter e assim, que sempre vou pondo uns links interessantes.
E reparem lá na torre da direita. As quatro primeiras prateleiras (portanto, as únicas visíveis na foto) são só Radiohead. Um orgulho.
Adoro quando isto acontece. Ouvi o Yoshimi Battles the Pink Robots bastantes vezes e sempre gostei da parte inicial. Hoje, no entanto, acordei para a vida. “Fight Test” é, muito provavelmente, uma das melhores canções de sempre. Reparem que é possível que nem seja a melhor deles – pessoalmente, divido-me entre esta e “Waitin’ for a Superman?”, do The Soft Bulletin – mas hoje não consigo pensar de outra forma.
Sete anos depois do lançamento do álbum – e numa altura em que deveria estar a deleitar-me com Embryonic, o novo álbum – é neste pé que me encontro. A verdade é que Embryonic me desiludiu profundamente. E eu até gostei de At War With The Mystics. Mas este traça um caminho mais negro, mais difícil e, infelizmente, menos interessante. Não encontrarão para lá nenhuma “Fight Test”, isso é certo. E eu que me pus a ouvir os outros álbuns deles como mero aquecimento para o novo… Enfim, ainda bem que o fiz.
À falta de melhor (leia-se: a versão do álbum), fiquem com o vídeo… que é capaz de dar uma ajuda. Mas eu, mesmo assim, ia ouvir o álbum.