O tempo que esta banda demorou a chegar-me aos ouvidos é um crime. Foi tarde – há dois ou três meses – que Missiles tocou pela primeira vez para estes lados. Com letras cínicas e melodias pop a duas vozes, os The Dears têm na voz de Murray Lightburn – o marido – um instrumento polivalente que tanto chuta cá para fora uma forte textura à la Alan Sparhawk, vocalista dos Low, como se aventura mais que competentemente em falsetes oportunistas. A de Natalia Yanchak – a mulher – é bem menos vistosa mas não é coisa para deixar ninguém envergonhado.
A Universal no Twitter: cool!
A modernidade chegou a Benfica, mais especificamente a uma espécie de loja ali no 12D da Rua Reinaldo dos Santos, perto do Fonte Nova. A Universal Music Portugal está no Twitter a fazer o que se esperaria – despeja links numa tentativa de desenvolver o seu próprio PR Newswire ou de ser coole modernaça (ali como o Ronaldinho). E é, como seria de esperar, uma tentativa frustrada. Porquê?
Não percebo o barulho em torno dos Grammys
Sei que já venho tarde mas deixem-me só fazer umas quantas observações:
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Isis
Não é uma banda que ouça frequentemente… mas é certamente uma a que volto de vez em quando.
Os Isis representam tudo o que há de bom no encontro entre o metal e o pós-rock. Às vezes penso que a voz podia ser outra… mas pronto, não se pode ter tudo. “In Fiction” foi a primeira música que ouvi dos Isis. Entretanto, já andei por outros álbuns deles, dos mais leves (hã?) aos mais pesados. Entre os crescendos pós-rock e os apoteóticos momentos de doom metal (foi a ouvir Isis que me disseram que eu gostava oficialmente de doom metal), escolham vocês.
“In Fiction” é um dos momentos calmos de Panopticon, o álbum que a banda lançou em 2004.
Setlist.fm, um mar de alinhamentos
Ando definitivamente virado para os sites simples desta nossa Web. Depois dos pensamentos musicais, é outro que me enche as medidas com pouco.
Setlist.fm é pouco mais do que o nome indica: um site de setlists em jeito de wiki. Qualquer um pode acrescentar e editar alinhamentos de concertos.
Entrevista com Pedro Vindeirinho da Rastilho – parte 2
Anteontem publiquei aqui a primeira parte da entrevista que o Pedro Vindeirinho da Rastilho me concedeu. Aqui fica a segunda.
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Entrevista com Pedro Vindeirinho da Rastilho – parte 1
Há já alguns meses que andava a pensar nisto… porque nos falta, muitas vezes, a perspectiva de quem vive o negócio da música de forma mais próxima. O Pedro Vindeirinho criou a Rastilho em 1996 e acrescentou-lhe a edição de discos em 1999. A Rastilho Records é uma editora independente de Leiria que já lançou discos de Dapunksportif, Linda Martini, peixe : avião e If Lucy Fell, entre muitos outros. O Pedro aceitou responder a umas quantas perguntas por e-mail. Publico esta entrevista em duas partes: a primeira hoje, a segunda na quarta-feira.
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Fui ver, era o Alive!
A Everything Is New confirmou os primeiros nomes para a edição deste ano do Optimus Alive! e, fica curto e grosso, parece-me um péssimo primeiro passo.
Mogwai temem satanás mas faltou ali qualquer coisa
Está provado que, com a excepção de “Batcat”, o mais recente dos Mogwai não vai deixar grandes marcas. Ao vivo, as músicas de The Hawk is Howling são aborrecidas – como no álbum, de resto. Não é que sejam genuinamente más. Só não são é realmente boas, coisa que se espera dos Mogwai com alguma legitimidade.
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Pensamentos musicais
A maior parte do jornalismo de música rock é feito de pessoas que não sabem escrever, entrevistando pessoas que não conseguem falar, para pessoas que não sabem ler.
Frank Zappa
Descobri um site no Music Think Tank há uns dias e estou maravilhado. Não é que seja a invenção da roda nem nada do género; é até muito simples.
O MusicThoughts é um site de pensamentos sobre música, mais nada. Podemos pesquisar por autor e categoria ou esperar pela inspiração que um pensamento ao acaso pode trazer. Também podem acrescentar algo novo, se preferirem. E é só.
Disponível em dez línguas, entre as quais a Portuguesa, este site é, na pior das hipóteses, um divertido time waster.
O segredo, mas não o bestseller
Os Dogma são uma banda do Porto que eu desconhecia até há muito pouco tempo. Ora bem, se eles já andam pela Antena 3 e até pela infame e interminável telenovela Morangos com Açúcar, é possível que não vos vá dar grandes novidades. Ainda assim, sinto-me na obrigação de vos dizer – porque o projecto é interessante – que podem fazer o download do EP O Segredo no site deles e que é de graça.