Um lado B épico

Regra geral, há um motivo para um lado B ser um lado B: o facto de não ser tão bom como as outras músicas. Mas há exceções.

Quando Kevin Drew lançou Spirit If… em 2007, foi amor à primeira vista. Mas o que eu não sabia era, escondido atrás do enorme single Backed Out On The…, lançado ainda durante o mesmo ano, estava um lado B tão bom que era revoltante não ter sido incluído no álbum.

Já ouvi lados B fantásticos, intrigantes e dignos de maior destaque mas acho que, até “Love 5″, nunca tinha ouvido nenhum tão épico.

“The Gardener” contra a neofilia

Este vídeo de há quatro anos e meio é um bom exemplo de porque sou contra a obsessão pela novidade.

E hoje, ao contrário do habitual, não quero maçar-vos com muitas palavras quando há uma coisa tão boa como esta para ver. A verdade é que uma câmara a contraluz e um vulto de guitarra nas mãos às vezes chegam para fazer maravilhas.

“The Gardener” é isso mesmo. Era-o quando o vídeo foi publicado a 29 de dezembro de 2008 e continua a sê-lo hoje. Vejam e ouçam as vezes que forem precisas. Abrandem, que as novidades não vão a lado nenhum.

A caminho da Islândia

Hoje parto em direção à Islândia para uns dias de férias, frio e paisagens certamente magníficas. Vai ser um pouco estranho sair de Lisboa de t-shirt e chegar a Reiquejavique todo encasacado… mas não há de ser nada.

Alimento a esperança de encontrar a Björk numa ida às compras, como se fosse uma pessoa normal que não tem vestidos de cisne no armário. Quão espetacular seria? Mas pronto, é capaz de não vir a acontecer.

De qualquer forma, já fico satisfeito se conseguir sentir, por um bocadinho que seja, que entrei num vídeo dos Sigur Rós.

Visita ao Museu Britpop – declínio e morte

Este é o quinto de uma série de posts sobre a História da Britpop.

Ouvir a Britpop dos últimos anos da década de 90 é, a vários níveis, como ver um episódio de Ghost Whisperer (ou Em Contacto, para as pessoas que só sabem os nomes portugueses das coisas): primeiro, porque a série não é especialmente boa; depois, porque os mortos demoram sempre imenso tempo (normalmente, por volta de um episódio inteiro) a dirigir-se para a luz, mantendo-se por cá a chatear as pessoas vivas.

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Father John Misty e as cassetes de vídeo

Passou por Portugal no ano passado mas não pude vê-lo, já que “cá” foi em Vila do Conde e “no ano passado” foi a um dia de semana. Entretanto, o seu fantástico Fear Fun foi, com toda a justiça, um dos meus álbuns favoritos de 2012.

Esta semana, Father John Misty lança duas novidades dignas de registo. A primeira é um perfume para mulher de edição limitada. A segunda é um vídeo espetacularmente retro para a maravilhosa “Funtimes in Babylon”. Sinto que estou a ver um daqueles episódios do Cold Case em que a morte ocorre nos anos 80. Além disso, é uma mistura de Lost com Guerra dos Mundos com… Father John Misty. O que é que pode correr mal?

Napster chega a Portugal

O Napster parece uma barata. É dos bichos mais resilientes da Internet. Já foi considerado a causa de todos os males da indústria discográfica… e já foi um concorrente totalmente legítimo (e sem grande sucesso) do iTunes. De há uns tempos para cá, tem vindo a fazer a ponte para o negócio musical da moda: o streaming.

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11 canções que gostava de ouvir no Optimus Primavera Sound

O Optimus Primavera Sound começa hoje no Porto e eu estou mais que pronto para ele. O fantástico cartaz e o maravilhoso Parque da Cidade fazem deste festival um dos mais atrativos para os fãs de boa música.

Deixo-vos com 11 músicas que gostava de ouvir nos concertos entre hoje e sábado. Se por lá passarem, digam olá.

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