Coragem

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Não me presto especialmente a gostar de canções por motivos externos às canções propriamente ditas, embora seja certamente influenciável por diversos factores, como o facto de conhecer e gostar ou não do artista ou da banda, por exemplo. Dito isto, o contrário já é mais fácil de acontecer. Não gostar de canções simplesmente por motivos externos… é o pão nosso de cada dia. Mas pronto, I’m only human.

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Contra a lei da cópia privada

O projecto de lei apresentado pelo Partido Socialista para a cópia privada esta semana na Assembleia da República é confrangedor e embaraçoso. E é apenas um dos muitos exemplos de que, em Portugal, se legisla como a Alexandra Solnado diz que escreve livros: com as ideias de outros. No caso da Alexandra Solnado, parece que é deus; no caso da legislação, quer parecer-me que são os grupos de interesse.

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Desertshore – é bom estar a par das novidades

Desertshore - Drawing of Threes

Uma das minhas formas favoritas de descobrir boa música é por editora. Primeiro, porque é fácil. Quando uma editora pequena lança meia dúzia de discos por ano e gostamos de uma ou duas bandas do catálogo, a probabilidade de gostarmos do resto é relativamente elevada. E é parvo ignorarmos isso e depois andarmos aí ao deus dará a ouvir sabe-se lá o quê.

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O melhor de 2011 – álbuns

Bon Iver

Este é o terceiro de três posts sobre o melhor da música em 2011.

Apresento-vos os meus dez álbuns favoritos de 2011. É uma lista conservadora e pouco ecléctica mas é o espelho dos meus padrões musicais no ano que agora termina. Dito isto, faço a minha tradicional ressalva: se publicasse este post daqui a uma semana, o resultado seria certamente diferente (não muito… mas vocês percebem).

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O melhor de 2011 – canções

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Este é o segundo de três posts sobre o melhor da música em 2011.

Foi estranhamente fácil fazer esta lista e creio que o motivo é simples. Apesar de não ter sido um ano mau – longe disso! -, também não foi dos mais espectaculares. Basta, aliás, olhar para as listas de final do ano de todos os sites e publicações que as fazem. Há uns quantos indiscutíveis e depois, salvo raras excepções… epá, não. Para mim, no fim das contas, acabou por ser um ano de confrontos e confirmações.

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O melhor de 2011 – concertos

The National

Este é o primeiro de três posts sobre o melhor da música em 2011.

2011 foi um ano estranho em termos musicais. Ainda fui a alguns concertos – embora tenha deixado os pequenos e relativamente pequenos de fora, o que é uma pena – mas não ouvi tanta música nova como deveria. Acho que os meus concertos favoritos deste ano reflectem a minha estadia prolongado na minha zona de conforto. Mas a verdade é que se está muito confortável por aqui.

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Bon Iver em Paris e a minha inquietação

Percebi há uns dias que não disse nada aqui sobre o concerto de Bon Iver a que assisti em Paris, durante o Pitchfork Music Festival, no final de Outubro.

Pois que agora é tarde para grandes prosas mas podem ter a certeza de que foi um concerto quase perfeito, como seria de esperar. O recinto estava a abarrotar de casais beijoqueiros, gigantes escandinavos e italianos barulhentos para assistir ao concerto mais importante do festival por onde já tinham passado Aphex Twin, Cut Copy, Lykke Li e Jens Lekman, entre outros.

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Um álbum crescido

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Dan Mangan é um prazer recente. Há coisa de ano e meio, cruzei-me com uma canção dele – “Robots” – e fiquei interessado. Isto acontece-me de vez em quando: ouço uma música, acho interessante, e decido dar uma oportunidade a um álbum ou ao que quer que o artista tenha gravado. Foi o que fiz. Mas demorei uns meses valentes até ouvir Nice, Nice, Very Nice e, quando o fiz, roguei-me pragas por ter demorado tanto tempo. O álbum era, a todos os níveis, uma obra fantástica. Tinha canções maravilhosas, como “Basket” ou “Fair Verona”, e conjugava uma folk desinibida com letras absolutamente perfeitas. Tudo isto regado a uma espécie de depressão suburbana de que só podia gostar.

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Post-war Blues

Ainda está ouvido de fresco mas já é uma das músicas do ano para mim. O novo LP (e um saco e um poster e um booklet e uma t-shirt e, claro, o CD) de Dan Mangan – vocês sabem do que é que eu estou a falar – chegou-me hoje com o epíteto de “disco mais caro que comprei” (porque veio do Canadá e porque a Alfândega trabalha bem) e ainda só o ouvi uma vez… mas hei-de escrever sobre ele brevemente.

A música a que me refiro especificamente é “Post-war Blues” e ainda não tenho muitas palavras para a qualificar. Sei que, quando as tiver, serão lisonjeiras para a música. Ou apenas justas, não sei. Para já, ouçam (e vejam) esta versão ao vivo, que vale muito, muito a pena.

Deserter’s Songs – ou como aos poucos hei-de lá chegar

Mercury Rev - Deserter's Songs

Mais trabalho, menos tempo para isto. You know the drill.

Mas hoje estou mais virado para as palavras e faço um pequeno esforço para vos dizer que não podia deixar de admitir aqui mais uma grande falha minha. Assim como assim, é para isso – pelo menos em parte – que este blog serve. A falha chama-se Mercury Rev e foi corrigida há umas duas semanas com a compra às cegas de Deserter’s Songs. Alguns de vós perguntarão “mas como é possível comprar um álbum tão aclamado como Deserter’s Songs às cegas!?”, outros perguntarão “mas quem são os Mercury Rev!?”. Só vos peço que não se cruzem uns com os outros na rua.

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