Panel

Panel é um projecto norte-americano que tem como objectivo facilitar-nos a vida.

O que fazem os senhores? Recomendam música. Ou melhor, pedem a pessoas do mundo da música para recomendarem música. É recomendação humana, cheia de potencial de corrupção, falhas e contradições. Por outro lado, como não são da responsabilidade de críticos, as recomendações tendem a ser mais pessoais e interessantes. Mas isso só poderemos ver com o passar do tempo.

Cada membro do painel escolhe dois álbuns. E há um membro novo todas as semanas. Esta semana, por exemplo, as duas escolhas foram feitas por Jason Hughes, fundador de uma loja de música de Seattle chamada Sonic Boom Records e da editora Sonic Boom Recordings. Além da escolha de dois álbuns, o pacote semanal inclui também uma entrevista. Em Portugal, é difícil aproveitar o serviço ao máximo, já que a aplicação para o iPhone não está disponível na loja portuguesa… mas a isso já nos habituámos há muito. E há sempre o site deles, pronto.

artigo que li sobre este projecto remetia para a ideia do tipo da loja de música (no estilo Alta Fidelidade) e até acho piada à referência. É um regresso ao tempo em que esse tipo era visto como uma autoridade. As coisas mudaram entretanto – pelo menos por cá.

O Panel acaba por ser uma tentativa de reequilibrar a competição entre as máquinas (Last.fm, iTunes Genius) e os humanos (eu e vocês). Cá para mim, gosto de manter várias hipóteses em aberto.

As canções populares de Yo La Tengo

Yo La Tengo - Popular Songs

Já lá vão umas semanas desde que os Yo La Tengo puseram na rua Popular Songs, o seu mais recente álbum. A carreira da banda é coerentemente irregular. Não conheço todos os álbuns deles mas, dos que conheço, nenhum é tão estável como Painful (e já lá vão uns 16 anos). É o meu favorito, de resto.

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Um livro, para variar

Oliver Sacks

Ando a ler um livro há já algum tempo (regra geral, leio nos transportes públicos; quando não ando, não leio – o que, diga-se, é bastante triste e terá de mudar brevemente). Foi-me oferecido no Natal e chama-se Musicofilia. É de Oliver Sacks, um autor bastante conhecido no seu meio. Já tinha lido O homem que confundiu a mulher com um chapéu e adorei (já agora, existe mesmo um homem que, a determinado momento, confundiu a sua mulher com um chapéu e tentou pô-la na cabeça).

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Thom Yorke tem nova banda com Flea dos Red Hot Chili Peppers

Thom Yorke

Thom Yorke anunciou no blog dos Radihead que tem estado a ensaiar com uma nova banda para dois concertos em Los Angeles marcados para o início de Outubro. Nigel Godrich (produtor dos Radiohead), Flea (baixista dos Red Hot Chili Peppers), Joey Waronker (baterista habitual colaborador de Beck) e Mauro Refosco (percussionista que já tocou com Brian Eno e Bebel Gilberto) são as outras pessoas envolvidas no projecto.

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As músicas, os lugares e as coisas que fazemos

Vimeca

A primeira música que me fez pensar sobre isto foi “The People That We Love” dos Bush (má referência, eu sei). Na altura, fartava-me de jogar Need For Speed e a música era o tema do jogo. Tocava e tocava enquanto eu me concentrava em fugir à polícia ou simplesmente em não bater com o carro. Bons velhos tempos.

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Dark Night Of The Soul já cá canta

Confesso que duvidei um pouco da honestidade do eCampus, um site norte-americano especializado em livros escolares e técnicos, sobretudo depois de enviar dois e-mails a perguntar pelo e-mail de confirmação da encomenda e não obter qualquer resposta. Mas já cá canta.

Não avisaram mas não faz mal. O mau serviço é amplamente compensado pelo facto de ainda ter conseguido comprar uma das 5 mil cópias – a minha é a número 4244 – da edição especial de Dark Night Of The Soul. Cerca de 80 dólares (55 euros, quer-me parecer) chegaram para ter uma cópia nova quando na Amazon do Reino Unido, por exemplo, já só se consegue uma cópia por 100 libras (pelo menos da última vez que lá fui ver). Acho que me safei bem, portanto.

O CD, como sabem, não tem música. O livro de fotografias de David Lynch é esquisito, como seria de esperar. Objectos, pessoas e cenários macabros nas páginas ímpares; versos dos diferentes temas do álbum nas pares.

Agora ainda estou a pensar se vou gravar a música no CD ou não. Mas é provável.

Tenho de comprar um gira-discos

Não tenho gira-discos mas tenho discos. Vou comprando uma ou outra coisa de colecção de vez em quando. Ainda não os ataco ferozmente porque sei que ainda não é preciso. Mas mais tarde ou mais cedo vou comprar um gira-discos e a coisa vai descambar.

Entretanto, os meus novos singles do Thom Yorke vão ter de esperar uns tempos até serem tocados. Recordo que o In Rainbows também aguarda uma oportunidade desde o final de 2007. Mas já esteve mais longe.

Duas coisas sobre o Feeling Pulled Apart By Horses, que ainda não ouvi (já fiz o download que acompanha a encomenda):

1. A encomenda chegou hoje a minha casa. Hoje, que é a data de lançamento do disco. Ora aqui está uma boa experiência de compra (foi na W.A.S.T.E., a loja dos Radiohead).

2. O artwork é simplesmente fantástico.

Acabou-se o Verão

Tragam cobertores, radiadores, canecas de chocolate quente e pantufas… porque o que restava do Verão acabou.

Ainda ando de volta das vossas recomendações e falo de mais uma do Miguel Caetano. Bem, não o faço muito profundamente porque ainda não ouvi o álbum com atenção. Mas falo à mesma, cheio de esperança e de uma primeira impressão quase perfeita.

Falo de Tiny Vipers. Ou de Jesy Fortino, que é o seu nome não artístico. Depois de ter ouvido algumas músicas de Life On Earth em segundo plano há umas semanas, hoje lembrei-me de fazer uma pesquisa no YouTube e apanhei isto. Chama-se “Dreamer” e não consigo deixar de pensar que devia estar frio. Agora apetece-me o Inverno.

Compras

Comprei as três mais recentes reedições sugadoras de dinheiro que a EMI preparou dos Radiohead. Há material que não tenho, pelo que não é só comprar por comprar.

Comprei também dois discos de Eels: a edição especial de Hombre Lobo, que vem com um documentário, e a compilação de b-sides, temas raros e coisas nunca antes editadas chamada Useless Trinkets.

Eu não sou especialmente poupado mas valeu a pena comprar estas coisas na Amazon: só nos CDs de Eels poupei entre 5 e 10 euros. Estou a comparar com a Fnac, claro.