Um paradigma

Algo me diz que não devia fazer isto. Pelo menos, não quando ainda há muito pouco tempo coloquei aqui um vídeo da mesma banda. Mas a verdade é que gostar de música é uma coisa bastante orgânica e, por vezes, aborrecida para quem fica a ver gostar de música. Espero que não o seja completamente, de qualquer forma.

Serve  o preâmbulo para justificar a escolha de mais um vídeo de Eels para colocar aqui. Claro que a verdadeira justificação é tão simplesmente a música ser fantástica… mas não me parece que isto sirva a vocês tão bem como me serve a mim. “It’s a Motherfucker” é piano, voz e letra. “It’s a Motherfucker” também é um paradigma das letras de Mark Oliver Everett. É simples e honesta, como tantas outras. E especialmente bonita.

Radiohead em estúdio

Parece que os Radiohead estão em estúdio a preparar um novo álbum. O meu cinismo leva-me a pensar que daqui a quatro anos temos o sucessor de In Rainbows na rua… mas esperemos que não!

A banda está em gravações com o produtor do costume – Nigel Godrich – e pouco mais se sabe. O baixista Colin Greenwood não adiantou muito mais na entrevista que concedeu à BBC… mas isto é mais que suficiente para lançar a confusão.

De qualquer forma, são boas notícias.

Eu e o marketing da música no ISCSP

Há quase dois meses, fui convidado pela Raquel Ribeiro, professora de Marketing do ISCSP e leitora assídua deste blog, para dar uma aula aos alunos do 2º ano da Licenciatura em Ciências da Comunicação. Aceitei com entusiasmo e a coisa acabou por acontecer na quinta-feira passada.

Foi uma aula com dois temas – e eu fiquei responsável por um deles: o marketing da música. O outro estava relacionado com agências de comunicação e também me é bastante familiar, claro. Acabou por se tornar bem mais interessante do que o tema que levei, pelo menos a julgar pelo número de perguntas que motivou.

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Broken Social Scene preparam novo álbum

BSS

Melhor notícia do ano, até agora. Os Broken Social Scene estão a gravar o seu quarto álbum de originais em Chicago com o produtor John McEntire e ainda não há novidades sobre convidados e afins. A novidade foi dada na primeira pessoa pelo Kevin Drew no site da banda. Drew aproveitou para falar do novo livro sobre a banda, de como não vai muito à bola com o Twitter e de outras coisas… mas o mais importante é definitivamente o álbum.

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Pequenas mudanças

Lembram-se de ter criticado um texto da Marketeer sobre a Central Musical?

Marketeer de Julho traz um artigo onde é feito um ponto de situação sobre a indústria da música. O autor é Sérgio Gonçalves, CMO e sócio internacional da Central Musical. O texto, esse, é um perda de tempo.

E de, após umas semanas, o autor e responsável pelo marketing da Central Musical ter respondido?

A Central Musical tenta ser uma solução. Pode não acreditar que o merchandising e os concertos sejam saída para artistas. Que isso seja “inventar a roda” é que não se percebe. Giro é afirmar que vai a concertos e compra umas t-shits de bandas..

Gostava também de perceber o seu curriculum na industria musical. Pode ser que tenhamos muito a aprender com a sua experiência.

Pois bem, as coisas mudam. Embalagem, aspecto visual, fórmula, posicionamento, distribuição, promoções, divulgação, atitude.

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Morrissey com atraso

O último álbum do Morrissey não me caiu no goto à primeira. Ou melhor, caiu-me como o “mais do mesmo” que é. O problema aqui é que eu nem sou um grande fã dele. Deixei passar uns dias e ouvi-o novamente. Soou melhor. E isto foi há um ou dois meses.

Agora digo com segurança que gosto do disco. Years of Refusal não é assim tão diferente dos últimos álbuns dele. Bons singles, pouco desperdício de tempo, boas canções, boas letras, os temas do costume e por aí fora. E isto não é revolucionário mas também não é mau. É um bom álbum, daqueles que não envergonham – e estou certo de que Morrissey tem uns quantos.

As primeiras cinco canções, por exemplo, poderão servir para lembrar a todos os miúdos que por aí andam a tentar fazer música pop que há por aí uns quantos tipos da velha escola que a fazem com uma perna às costas. E imagino a força de temas como “Something is squeezing my skull” ou “All you need is me” ao vivo…

Operação Londres: os Coldplay

Bem sei que gostar dos Coldplay já esteve mais na moda do que actualmente mas tanto faz. Esqueço por momentos que foram eles que lançaram X&Y e a coisa nem fica assim tão má. E o último álbum não é nenhum A Rush of Blood to the Head  mas também não é mau de todo.

Estou quase quase a partir para Londres e Londres é a cidade dos Coldplay. Os perversos Coldplay de “Fix You”, esse filme de terror disfarçado de música (não é um elogio). Mas também os inocentes Coldplay de “Yellow”, um dos primeiros singles de Parachutes.