Esta música tem rodado muito por aqui nas últimas duas semanas. Já tinha rodado intensamente entre o final de Dezembro de 2007 e Fevereiro de 2008. E um pouco antes disso, entre Abril e Junho de 2005, ouvi-a até não poder mais. Sempre em versões diferentes, curiosamente.
O último álbum do Morrissey não me caiu no goto à primeira. Ou melhor, caiu-me como o “mais do mesmo” que é. O problema aqui é que eu nem sou um grande fã dele. Deixei passar uns dias e ouvi-o novamente. Soou melhor. E isto foi há um ou dois meses.
Agora digo com segurança que gosto do disco. Years of Refusal não é assim tão diferente dos últimos álbuns dele. Bons singles, pouco desperdício de tempo, boas canções, boas letras, os temas do costume e por aí fora. E isto não é revolucionário mas também não é mau. É um bom álbum, daqueles que não envergonham – e estou certo de que Morrissey tem uns quantos.
As primeiras cinco canções, por exemplo, poderão servir para lembrar a todos os miúdos que por aí andam a tentar fazer música pop que há por aí uns quantos tipos da velha escola que a fazem com uma perna às costas. E imagino a força de temas como “Something is squeezing my skull” ou “All you need is me” ao vivo…
Os Coldplay anunciaram através da sua newsletter que vão oferecer nos próximos concertos um álbum gravado ao vivo em várias cidades durante a Viva La Vida Tour. Também será possível fazer download do produto final através do site da banda a partir de dia 15 deste mês.
Afinal, acabei por não vos manter a par das minhas compras durante as férias em Londres. Ainda assim, fiquem a saber que cedi ao estratagema da EMI e comprei as reedições especiais de Pablo Honey, The Bendse OK Computer, os três primeiros álbuns dos Radiohead.
Bem sei que gostar dos Coldplay já esteve mais na moda do que actualmente mas tanto faz. Esqueço por momentos que foram eles que lançaram X&Y e a coisa nem fica assim tão má. E o último álbum não é nenhum A Rush of Blood to the Head mas também não é mau de todo.
Estou quase quase a partir para Londres e Londres é a cidade dos Coldplay. Os perversos Coldplay de “Fix You”, esse filme de terror disfarçado de música (não é um elogio). Mas também os inocentes Coldplay de “Yellow”, um dos primeiros singles de Parachutes.
Não espero é ver por ali conversa séria sobre o caminho da indústria. Parece ser claramente um blog de entretenimento, pelo que também isso é normal.
Além de ser o primeiro blog de uma major, In Sound From Way Out não constitui grande novidade. Claro que estamos em 2009 e o facto de uma empresa como a EMI estar agora a dar os primeiros passos na área é um pouco assustador.
Não tenho muito a dizer sobre o novo dos Yeah Yeah Yeahs, confesso. Ao vivo,
Karen O e companhia são uma banda de topo. Em álbum, acabam por, na generalidade, me passar ao lado. Claro que há excepções e tal… mas apenas servem para confirmar a regra. E a regra na minha relação com os Yeah Yeah Yeahs de Fever to Tell e de Show Your Bones é a convivência cordial.
Não fosse o refrão, esta música era quase perfeita. Ainda assim, tem direito a destaque tão simplesmente porque me chega sempre aos ouvidos de forma fresca, matinal e primaveril. E, nos tempos que correm, um gajo agarra-se a tudo.
“Eyes” é uma canção ingrata. Os Rogue Wave têm três álbuns de originais e a música mais conhecida deles não está em nenhum deles. De onde quer que a ouçamos, “Eyes” é invariavelmente lo-fi (sim, o que vão ouvir tem pouca qualidade… mas é mesmo assim) e quase parece saída de um dos primeiros álbuns dos The Shins, o que pode ser bom ou mau, dependendo se gostam dos The Shins ou não.
De qualquer forma, “Eyes” é gira. Não conheço muito bem a música dos Rogue Wave mas nenhuma das canções que ouvi até agora chega ao mesmo patamar. Simples, definitivamente simples, mas eficaz.
Já sabemos que o website é obrigatório. Isso não quer dizer que se possa dispensar outros sítios, até porque quanto mais intensa for a presença, mais facilmente a banda conseguirá chamar a atenção. Pelo menos em teoria.
Perdoem-me mas tenho mesmo que colocar este vídeo aqui. O motivo é simples: “Things The Grandchildren Should Know” dominou a minha semana. A letra perseguiu-me e a melodia também não descolou.
A canção em si é repetitiva – estou certo que nenhum de nós se importa com isso – mas é bonita, do mais bonito que Mark Everett deu aos Eels. Em certo sentido, faz lembrar Bob Dylan: a música é quase só uma base para as palavras. A diferença? O Dylan sempre mentiu mais que sei lá o quê. Já Everett parece mais honesto aqui do que em qualquer outra música.