Morrissey com atraso

O último álbum do Morrissey não me caiu no goto à primeira. Ou melhor, caiu-me como o “mais do mesmo” que é. O problema aqui é que eu nem sou um grande fã dele. Deixei passar uns dias e ouvi-o novamente. Soou melhor. E isto foi há um ou dois meses.

Agora digo com segurança que gosto do disco. Years of Refusal não é assim tão diferente dos últimos álbuns dele. Bons singles, pouco desperdício de tempo, boas canções, boas letras, os temas do costume e por aí fora. E isto não é revolucionário mas também não é mau. É um bom álbum, daqueles que não envergonham – e estou certo de que Morrissey tem uns quantos.

As primeiras cinco canções, por exemplo, poderão servir para lembrar a todos os miúdos que por aí andam a tentar fazer música pop que há por aí uns quantos tipos da velha escola que a fazem com uma perna às costas. E imagino a força de temas como “Something is squeezing my skull” ou “All you need is me” ao vivo…

Operação Londres: os Coldplay

Bem sei que gostar dos Coldplay já esteve mais na moda do que actualmente mas tanto faz. Esqueço por momentos que foram eles que lançaram X&Y e a coisa nem fica assim tão má. E o último álbum não é nenhum A Rush of Blood to the Head  mas também não é mau de todo.

Estou quase quase a partir para Londres e Londres é a cidade dos Coldplay. Os perversos Coldplay de “Fix You”, esse filme de terror disfarçado de música (não é um elogio). Mas também os inocentes Coldplay de “Yellow”, um dos primeiros singles de Parachutes.

A EMI tem um blog na Austrália…

… e até que não é mau de todo.

In Sound From Way Out é o primeiro blog de uma das grandes editora discográfica. Sim, leram bem.

O blog tem pinta e não se fica pela conversa marqueteira sobre os artistas da EMI. Vemos álbuns de fotografias, a demo mais estranha de sempre, posts com referências a artistas de outras editoras (o crime!!!) e por aí fora. Vemos um blog normal, portanto. E isso é bom.

Não espero é ver por ali conversa séria sobre o caminho da indústria. Parece ser claramente um blog de entretenimento, pelo que também isso é normal.

Além de ser o primeiro blog de uma major, In Sound From Way Out não constitui grande novidade. Claro que estamos em 2009 e o facto de uma empresa como a EMI estar agora a dar os primeiros passos na área é um pouco assustador.

Ainda assim… haja esperança.

It’s Blitz! e pronto

YYY-Blitz

Não tenho muito a dizer sobre o novo dos Yeah Yeah Yeahs, confesso. Ao vivo,

Karen O e companhia são uma banda de topo. Em álbum, acabam por, na generalidade, me passar ao lado. Claro que há excepções e tal… mas apenas servem para confirmar a regra. E a regra na minha relação com os Yeah Yeah Yeahs de Fever to Tell e de Show Your Bones é a convivência cordial.

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O momento alto dos Rogue Wave

Não fosse o refrão, esta música era quase perfeita. Ainda assim, tem direito a destaque tão simplesmente porque me chega sempre aos ouvidos de forma fresca, matinal e primaveril. E, nos tempos que correm, um gajo agarra-se a tudo.

“Eyes” é uma canção ingrata. Os Rogue Wave têm três álbuns de originais e a música mais conhecida deles não está em nenhum deles. De onde quer que a ouçamos, “Eyes” é invariavelmente lo-fi (sim, o que vão ouvir tem pouca qualidade… mas é mesmo assim) e quase parece saída de um dos primeiros álbuns dos The Shins, o que pode ser bom ou mau, dependendo se gostam dos The Shins ou não.

De qualquer forma, “Eyes” é gira. Não conheço muito bem a música dos Rogue Wave mas nenhuma das canções que ouvi até agora chega ao mesmo patamar. Simples, definitivamente simples, mas eficaz.

Sem contrato? A alternativa Facebook

Este post faz parte da série Sem contrato? As alternativas para uma boa auto-promoção.

Já sabemos que o website é obrigatório. Isso não quer dizer que se possa dispensar outros sítios, até porque quanto mais intensa for a presença, mais facilmente a banda conseguirá chamar a atenção. Pelo menos em teoria.

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Rapaz honesto

Perdoem-me mas tenho mesmo que colocar este vídeo aqui. O motivo é simples: “Things The Grandchildren Should Know” dominou a minha semana. A letra perseguiu-me e a melodia também não descolou.

A canção em si é repetitiva – estou certo que nenhum de nós se importa com isso – mas é bonita, do mais bonito que Mark Everett deu aos Eels. Em certo sentido, faz lembrar Bob Dylan: a música é quase só uma base para as palavras. A diferença? O Dylan sempre mentiu mais que sei lá o quê. Já Everett parece mais honesto aqui do que em qualquer outra música.