A EMI tem um blog na Austrália…

… e até que não é mau de todo.

In Sound From Way Out é o primeiro blog de uma das grandes editora discográfica. Sim, leram bem.

O blog tem pinta e não se fica pela conversa marqueteira sobre os artistas da EMI. Vemos álbuns de fotografias, a demo mais estranha de sempre, posts com referências a artistas de outras editoras (o crime!!!) e por aí fora. Vemos um blog normal, portanto. E isso é bom.

Não espero é ver por ali conversa séria sobre o caminho da indústria. Parece ser claramente um blog de entretenimento, pelo que também isso é normal.

Além de ser o primeiro blog de uma major, In Sound From Way Out não constitui grande novidade. Claro que estamos em 2009 e o facto de uma empresa como a EMI estar agora a dar os primeiros passos na área é um pouco assustador.

Ainda assim… haja esperança.

It’s Blitz! e pronto

YYY-Blitz

Não tenho muito a dizer sobre o novo dos Yeah Yeah Yeahs, confesso. Ao vivo,

Karen O e companhia são uma banda de topo. Em álbum, acabam por, na generalidade, me passar ao lado. Claro que há excepções e tal… mas apenas servem para confirmar a regra. E a regra na minha relação com os Yeah Yeah Yeahs de Fever to Tell e de Show Your Bones é a convivência cordial.

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O momento alto dos Rogue Wave

Não fosse o refrão, esta música era quase perfeita. Ainda assim, tem direito a destaque tão simplesmente porque me chega sempre aos ouvidos de forma fresca, matinal e primaveril. E, nos tempos que correm, um gajo agarra-se a tudo.

“Eyes” é uma canção ingrata. Os Rogue Wave têm três álbuns de originais e a música mais conhecida deles não está em nenhum deles. De onde quer que a ouçamos, “Eyes” é invariavelmente lo-fi (sim, o que vão ouvir tem pouca qualidade… mas é mesmo assim) e quase parece saída de um dos primeiros álbuns dos The Shins, o que pode ser bom ou mau, dependendo se gostam dos The Shins ou não.

De qualquer forma, “Eyes” é gira. Não conheço muito bem a música dos Rogue Wave mas nenhuma das canções que ouvi até agora chega ao mesmo patamar. Simples, definitivamente simples, mas eficaz.

Sem contrato? A alternativa Facebook

Este post faz parte da série Sem contrato? As alternativas para uma boa auto-promoção.

Já sabemos que o website é obrigatório. Isso não quer dizer que se possa dispensar outros sítios, até porque quanto mais intensa for a presença, mais facilmente a banda conseguirá chamar a atenção. Pelo menos em teoria.

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Rapaz honesto

Perdoem-me mas tenho mesmo que colocar este vídeo aqui. O motivo é simples: “Things The Grandchildren Should Know” dominou a minha semana. A letra perseguiu-me e a melodia também não descolou.

A canção em si é repetitiva – estou certo que nenhum de nós se importa com isso – mas é bonita, do mais bonito que Mark Everett deu aos Eels. Em certo sentido, faz lembrar Bob Dylan: a música é quase só uma base para as palavras. A diferença? O Dylan sempre mentiu mais que sei lá o quê. Já Everett parece mais honesto aqui do que em qualquer outra música.

Featured Artists Coalition: dinheiro e controlo

Nasceu a Featured Artists Coalition, um grupo de pressão constituído por alguns músicos britânicos de renome cujo objectivo é, em linhas gerais, combater a injustiça na distribuição das receitas da venda e do licenciamento de música (sobretudo no ambiente digital) bem como o actual modus operandi da indústria no que diz respeito ao copyright.

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Operação Londres: os Blur

É relativamente oficial: vou a Londres em Abril. É uma cidade que quero visitar há muito tempo e a oportunidade surgiu agora, pelo que não há grande volta a dar. Entre outras coisas, conseguir assistir a um concerto daqueles difíceis de apanhar em Portugal era simpático… mas até agora só deu para ver que Bat For Lashes estará por Londres durante um fim-de-semana em que planeio ir à Escócia. Se souberem de outras oportunidades, agradeço que me digam qualquer coisa!

Entretanto, pareceu-me fazer sentido prestar a devida reverência à cidade por aqui. E aqui ouve-se música, certo?

A escolha natural: Blur… porque quando penso na Londres musical, são eles o meu top of mind. “The Universal” porque sim.

Última hora: AFP culpa pirataria digital pela quebra no sector

Notícia de última hora encontrada algures na Lusa:

A pirataria digital é a principal responsável pela quebra das vendas de música em 2008 em Portugal, disse à Lusa o director da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), sublinhando que “está tudo ainda por fazer” para a combater.

Há muito que Eduardo Simões tem o disco riscado (pun intended). Lá para o meio ainda põe a crise económica como um factor adicional… mas o resto da peça é toda sobre como já não há respeito pelo direito de autor e o poder legislativo não faz nada.

A música portuguesa mostra vitalidade, diz Eduardo Simões, como se isso da vitalidade se medisse pelos discos vendidos. Está completamente noutra, o director da AFP. Ninguém esperava o contrário… mas é uma pena.

Eu e o Ouve-se no Cotonete

Esta semana, o Cotonete destaca este poiso na secção convenientemente intitulada “blog da semana”.

Se passarem por lá – espero que passem – poderão ler um pequeno artigo baseado numa entrevista que me foi feita por e-mail. O texto está bom e eu agradeço ao Helder Gomes e ao Cotonete a oportunidade.

Entre outras coisas – sobretudo relacionadas com a minha perspectiva referente ao estado actual da indústria da música – ficam a saber que fazem parte de um restrito grupo muito pequeno de pessoas. Perceberão porquê.

Vão lá ver.

St. Vincent para levar

Esta série de versões de rua de La Blogotheque é muito engraçada. Desta feita, encontrei um vídeo de 2007 de St. Vincent. A música é “Paris is Burning” e aqui está absolutamente despida e artesanal. A versão original roça o barroco; em modo take-away, deixa de haver dúvidas.