Nasceu a Featured Artists Coalition, um grupo de pressão constituído por alguns músicos britânicos de renome cujo objectivo é, em linhas gerais, combater a injustiça na distribuição das receitas da venda e do licenciamento de música (sobretudo no ambiente digital) bem como o actual modus operandi da indústria no que diz respeito ao copyright.
É relativamente oficial: vou a Londres em Abril. É uma cidade que quero visitar há muito tempo e a oportunidade surgiu agora, pelo que não há grande volta a dar. Entre outras coisas, conseguir assistir a um concerto daqueles difíceis de apanhar em Portugal era simpático… mas até agora só deu para ver que Bat For Lashes estará por Londres durante um fim-de-semana em que planeio ir à Escócia. Se souberem de outras oportunidades, agradeço que me digam qualquer coisa!
Entretanto, pareceu-me fazer sentido prestar a devida reverência à cidade por aqui. E aqui ouve-se música, certo?
A escolha natural: Blur… porque quando penso na Londres musical, são eles o meu top of mind. “The Universal” porque sim.
Notícia de última hora encontrada algures na Lusa:
A pirataria digital é a principal responsável pela quebra das vendas de música em 2008 em Portugal, disse à Lusa o director da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), sublinhando que “está tudo ainda por fazer” para a combater.
Há muito que Eduardo Simões tem o disco riscado (pun intended). Lá para o meio ainda põe a crise económica como um factor adicional… mas o resto da peça é toda sobre como já não há respeito pelo direito de autor e o poder legislativo não faz nada.
A música portuguesa mostra vitalidade, diz Eduardo Simões, como se isso da vitalidade se medisse pelos discos vendidos. Está completamente noutra, o director da AFP. Ninguém esperava o contrário… mas é uma pena.
Esta semana, o Cotonete destaca este poiso na secção convenientemente intitulada “blog da semana”.
Se passarem por lá – espero que passem – poderão ler um pequeno artigo baseado numa entrevista que me foi feita por e-mail. O texto está bom e eu agradeço ao Helder Gomes e ao Cotonete a oportunidade.
Entre outras coisas – sobretudo relacionadas com a minha perspectiva referente ao estado actual da indústria da música – ficam a saber que fazem parte de um restrito grupo muito pequeno de pessoas. Perceberão porquê.
Esta série de versões de rua de La Blogotheque é muito engraçada. Desta feita, encontrei um vídeo de 2007 de St. Vincent. A música é “Paris is Burning” e aqui está absolutamente despida e artesanal. A versão original roça o barroco; em modo take-away, deixa de haver dúvidas.
Os Great Lake Swimmers preparam-se para editar um novo álbum no final do mês. Lost Channels é o quarto álbum de originais da banda canadiana e, vá-se lá saber porquê, é o primeiro que me chega em condições aos ouvidos. Já por aí anda.
Os Radiohead andam a trabalhar em novo material. Quem o diz é Ed O’Brien, guitarrista da banda. Ed diz ainda que a banda deverá regressar aos concertos durante o Verão.
Esta é óbvia e já estou farto de falar aqui sobre o assunto. Muito mais do que uma página no MySpace ou em qualquer outro serviço, é fundamental que a banda tenha uma página web, de preferência em domínio próprio. Um dos impedimentos habituais ao desenvolvimento de um site é a ideia de que pagar servidor e domínio sai caro e que criar um site de raiz é uma coisa caríssima, difícil e invariavelmente feita à medida. Pois bem, nada disto é verdade e já expliquei antes o que acontece realmente. Com 50 euros por ano conseguem safar-se muito bem, isso é garantido.
Portugal é um país de bandas de garagem. A maioria das que por aí andam a tocar em concertos e festas mais ou menos underground não tem nem está perto de ter um contrato de edição. As que estão, muitas vezes, estão-no porque aceitaram condições muito desvantajosas e potencialmente prejudiciais por parte da editora. Num mercado complicado como o português, não há muitas opções disponíveis e muitos deixam-se levar por caminhos mais ou menos manhosos. Às vezes ninguém diria… mas conseguir um contrato de edição é difícil.
Não basta fazer boa música. E é preciso sorte… mas ficar à espera dela é pouco produtivo (ou potencialmente nada produtivo). O caminho a seguir é a auto-promoção.
Assim, nos próximos tempos, vou pôr aqui algumas dicas sobre as melhores opções para uma boa auto-promoção.
A compilação cheia de estrelas da pop/rock independente já está na rua. São 31 canções, umas melhores que outras, mas todas com um objectivo bastante nobre: angariar dinheiro e chamar a atenção para o problema da Sida. Uns fazem-no com celebridades, outros com imagens chocantes. A Red Hot fá-lo através da cultura popular.
Os Depeche Mode vão lançar um novo álbum em Abril. Sounds of the Universe deverá ser mais da mesma fusão pop/rock/electrónica alimentada a religião, amor e sabe-se lá mais o quê típica do trio britânico.
As notícias sobre o novo disco não param de sair: datas, capa, alinhamento e mais a tralha habitual. Há, no entanto, uma notícia um tanto ou quanto diferente, já que envolve uma nova brincadeira com o iTunes e dinheiro a sair dos bolsos dos interessados.
Long story short, a Apple faz agora com os Depeche Mode o mesmo que já fazia com uma série de programas de televisão: vende um passe que dá aos fãs da banda acesso a músicas e vídeos exclusivos, remisturas, o novo álbum… e tudo a cair automaticamente na biblioteca do iTunes. Enfim, serão 15 semanas de expectativa para os fãs… e 19 euros de confiança depositada na Apple e na banda. Negócio interessante mas a modos que manhoso.
De resto, até me interessa mais a música e o vídeo de “Wrong”, o primeiro single do novo longa-duração. A canção parece-me usar alguns dos melhores argumentos de Songs of Faith and Devotion misturados com a sujidade de alguns dos melhores temas de Ultra. Ou seja, “Wrong” é motivo mais do que suficiente para ficarmos todos na expectativa de um grande álbum.
Como se isto não bastasse, o vídeo realizado por Patrick Daughters é absolutamente fantástico. Mesmo. Ora vejam lá.