Como fazer uma mixtape – introdução

Mixtape

Desde miúdo que acho piada ao conceito de mixtape, à ideia de escolher um determinado número de canções e gravá-las com uma determinada ordem numa cassete (versão early 90′s), em CD (entretanto) ou simplesmente numa playlist (muito pós-2002). Obviamente, a cassete trouxe o termo “mixtape” e nós adoptámo-lo. Actualmente, divido-me entre o CD (quando a mixtape tem um destinatário) e a playlist (quando me apetece estar entretido com qualquer coisa). Em miúdo, tinha mau gosto… portanto vamos esquecer essa parte.

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Efeitos retroactivos

The New Pornographers

Estou a preparar uma visita ao catálogo completo de uma das minhas bandas favoritas do momento: The New Pornographers. Estou há mais de um ano a absorver (muito lentamente) a música deles. Não que tenham um som minimamente difícil. Foi porque não pegaram de estaca mas foram ficando por cá. Comecei por Challengers, o mais recente (de 2007), e tenho vindo a prestar mais atenção ao resto gradualmente.

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Dar valor ao álbum: divulgação

A forma como as bandas divulgam o seu trabalho tende a influenciar a forma como as pessoas o recebem. Como é óbvio, a principal diferença é entre divulgar e não divulgar, práticas que resultam de forma naturalmente diferente. No entanto, mesmo quando há divulgação, as disparidades são visíveis entre casos aparentemente semelhantes.

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Mobília stalker e música confortável

Beth_Orton-Comfort_Of_Strangers

Ouvi Comfort of Strangers muitas vezes em 2006. Até então, nunca tinha ouvido falar da Beth Orton senão pela newsletter da Astralwerksmas acabei por experimentar. Apesar de tentar espalhar a palavra, é certo que não cheguei a conhecer ninguém que gostasse tanto deste álbum como eu: é que, para mim, foi mesmo dos melhores de 2006.

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Motivos que explicam o facto de não odiar as editoras

Eu não odeio a indústria discográfica porque acho que foram responsáveis por me trazer a grande maioria da música que ouço.

As majors tendem a ser um pouco diabolizadas – e com alguma razão – por terem um historial de desrespeito por grande parte dos artistas que editam e pelos consumidores mas até não fizeram um trabalho assim tão mau nos últimos 50 ou 60 anos. O problema da mistura entre negócios e arte é que só muito dificilmente são compatíveis. É que uma empresa quer lucro; o artista pode querer uma série de outras coisas… mas, geralmente, deseja sobretudo produzir e divulgar o que fez. Claro que há os que querem sobretudo dinheiro e reconhecimento… mas esses raramente são artistas.

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Dar valor ao álbum: embalagem

Nos últimos anos, as editoras discográficas têm apostado na criação de embalagens mais apelativas. O artwork e o material das caixas em que o disco é vendido são dois aspectos muito importantes na equação do produto final. Pessoalmente, gosto muito desta ideia. Como tendo a comprar muitos discos, prefiro as edições especiais. No entanto, este embelezamento do produto não tem grandes efeitos sobre a maioria das pessoas, que só quer ouvir a música. É por isso que acho, como já disse, que o CD tende a transformar-se cada vez mais num produto de nicho.

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A parte de cima do baú

No já longínquo ano de 2007, os Blonde Redhead lançaram um disco, 23, que foi recebido com simpatia pela maior parte da crítica e do público. Nunca com grande entusiasmo; apenas uma espécie de “isto é bonzinho, sim senhor”.

A música de abertura, também ela intitulado “23″, foi a que mais se destacou na altura. Passei há pouco por ela e pensei “porque não?”. Estejam à vontade.