Foi uma decisão de última hora mas fui a Guimarães na sexta-feira para ver os The National. Sim, já os tinha visto na Aula Magna com óptimos resultados e no Alive de forma menos espectacular mas quis aproveitar para os ver ao vivo mais uma vez, ao ar livre e à noite.
Portugal é um país de contrastes – peixe : avião
De tempos a tempos, há uma ou outra banda portuguesa que me cai no goto. Em 2003, foram os Blind Zero com o (se bem me recordo) perturbante A Way To Bleed Your Lover; em 2005, foram os Linda Martini com a sua promo digital e com “Amor Combate”. 2008 promete ser o ano dos peixe : avião (sim, assim com minúsculas).
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É Topspin mas lê-se hype
Sou um céptico e acho que isso me traz vantagens. Sobretudo se tivermos em conta que, profissionalmente, uma parte importante do que faço envolve estar atento aos novos projectos que vão aparecendo (numa base diária, diga-se) na área dos media sociais e da Web 2.0 (aquelas coisas todas com os nomes esquisitos e poucas vogais). O cepticismo não me deixa entrar em ondas por cada serviço novo que aparece por aí, o que me permite filtrar melhor as novidades, parece-me.
Novo CEO da EMI: confie no rosa, esqueça as nódoas
A EMI anunciou hoje o nome do seu novo CEO. Elio Leoni-Sceti, de 42 anos, era, até há pouco tempo, vice-presidente executivo da Reckitt Benckiser para a Europa. Não faz muito sentido, pois não? Num momento, contribuímos para o crescimento de produtos como Air Wick ou o fascinante Vanish (”confie no rosa, esqueça as nódoas”, pá!); no outro, estamos no cargo executivo mais elevado de um dos principais grupos internacionais na área da música.
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Alimentar um monstro chamado E
Lembram-se daquela compilação dos Eels de que falei aqui há pouco mais de uma semana? A minha opinião francamente positiva acerca do disco mantém-se e tenho vindo a ganhar algum fascínio pela banda, que é como quem diz pelo seu único membro digno desse nome: Mark Oliver Everett ou E. Vou definitivamente começar a explorar os álbuns de originais e afins, onde não podemos encontrar pérolas como “Get Ur Freak On” ou “Climbing To The Moon” em versão remisturada por Jon Brion.
Marketing de bolso
A Marketeer de Julho traz um artigo onde é feito um ponto de situação sobre a indústria da música. O autor é Sérgio Gonçalves, CMO e sócio internacional da Central Musical. O texto, esse, é um perda de tempo.
Lugares comuns, auto-promoção, erros incompreensíveis e conversa da treta é o que vão encontrar se puserem os olhos neste artigo. Ficarão a saber, entre outras coisas, que o DRM “está a ser abandonado em favor do MP3″ (hã?), que a Central Musical é “um canal inovador para a promoção, através da internet, de artistas, salas de espectáculo, editoras, marcas e consumidores de música” (está bem), que o merchandising é muito bom para os artistas e que os concertos nos sites são a melhor invenção desde a roda.
Curiosamente, nunca tinha ouvido falar da Central Musical. Belo marketing.
Um vídeo à moda antiga
Saído directamente do início dos anos 90, este vídeo dos Yo La Tengo é muito pouco diferente de muitos outros que se fizeram por aquela altura. Banda, luzes, umas experiências com cores e câmara lenta e estava feito o vídeo.
Depois do single, o álbum
Já falei aqui da dupla britânica The Ting Tings a propósito do single “That’s Not My Name”, que atingiu o topo da tabela de vendas do Reino Unido em Maio pela sua capacidade instantânea de fazer dançar e pela melodia simples mas facilmente memorável.
eMusic é mau para os artistas mas pode ser que mude
Bruce Houghton escreveu dois artigos muito interessantes sobre o eMusic, a mais conhecida das lojas de música digital que disponibilizam serviços de subscrição mensal. O autor do Hypebot falou um pouco sobre o seu problema com o eMusic, dizendo que a estrutura de preços desta loja prejudica os artistas e colocando alguns números em discussão. Comparado com o iTunes, por exemplo, o eMusic apresenta uma estrutura muito mais benéfica para si do que para os artistas e as editoras.
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Editar em nome próprio: moda ou solução?
A auto-edição está na moda. O Nuno Galopim chama a atenção para este facto a propósito da notícia de que os Shins estão a preparar-se para editar o seu próximo álbum pela Aural Apothecary, editora do vocalista James Mercer. A Sub Pop, que lançou todos os discos da banda até agora, poderá ficar encarregue da distribuição.
Ao quinto álbum, descansaram
A minha relação com os Sigur Rós é estranha. Começou tarde e a más horas, já depois de ( ) andar pelas bocas do mundo, mas só quando Takk… apareceu é que eles me agarraram completamente. As melodias e forma como eram postas em prática viciaram-me de tal forma que há, ainda hoje, muito poucos discos que considere superiores a este. De qualquer forma, só depois é que comecei a explorar convenientemente os álbuns anteriores e o conceptual ( )começou a ganhar força. Aquelas músicas feitas de crescendos extenuantes eram arrebatadoras e, por esta altura, já eu estava conquistado. O aclamado Ágætis Byrjun, segundo álbum da banda (o primeiro foi Von, lançado em 1997), curiosamente, foi o último que me chegou convenientemente aos ouvidos… e acho que nunca chegou ao nível dos outros. Depois vieram os concertos no Coliseu de Lisboa e no Pavilhão Atlântico e a coisa acalmou.