Não gosto do novo dos Mogwai. E reparem que até gosto da banda, o que faz com que não possa desculpar-me com o facto de ser pós-rock igual ao de tantas outras bandas que por aí andam a fazer música.
De um modo geral, o hype aborrece-me. Claro que há excepções: tenho todo o prazer em contribuir para o elogio público a bandas do momento, desde que goste (um pressuposto justo, parece-me). No entanto, as mais das vezes, o hype aborrece-me.
Falo disto agora porque é um momento especial: nos últimos meses, têm-se multiplicado referências extremamente elogiosas a três projectos portugueses.
Hoje estou numa febre noticiosa mas a verdade é que não há como fugir a esta notícia:
Murphy, alongside his LCD Soundsystem/Special Disco Version partner Pat Mahoney and ex-Hockey Night members Scott Wells and Paul Spranglers, is apparently working up a “classic rock record” which he expects will make its way to a record shelf near you in the first half of 2009. Murphy, who will both produce and play bass on the disc, also claims it will feature assistance from members of Hercules and Love Affair. While it’s not entirely clear if Murphy will be a permanent fixture in the band, this is still exciting stuff.
A não ser que isto seja “classic rock” como em Led Zeppelin, é uma óptima notícia. Dêem-me uma data que eu começo já a contagem decrescente.
Qualquer desculpa é boa para matar saudades de Crooked Rain, Crooked Rain, o melhor álbum dos Pavement. Com músicas como “Silence Kit”, “Stop Breathing”, “Gold Soundz”, “Cut Your Hair”, “Unfair” ou “Fillmore Jive”… não podia ser de outra forma. Sim, o Slanted and Enchanted (com a terminal “Here”) e o Wowee Zowee (“We Dance” foi a música que me puxou definitivamente para o mundo dos Pavement) também são muito bons… mas não tão bons como o outro.
Ora, ali em cima faltam umas quantas músicas do Crooked Rain, Crooked Rain que não são para pôr de parte. “Range Life”, que neste vídeo só é estragada pelo “pi” que cobre a parte final do verso em que Stephen Malkmus diz qualquer coisa como “And I could really give a fuck”, é um óptimo exemplo.
Já lá vão dez anos desde que Fiona Apple pegou em “Across the Universe”, dos Beatles, e a transformou numa obra de arte. Claro que isto é apenas um pormenor numa carreira quase brilhante mas, ainda assim, não é possível gostar da miúda e ficar indiferente a este momento maravilhoso.
Começo é a sentir falta de um álbum novo… mas isso são contas de outro rosário.
Encontrei esta apresentação há umas semanas no Balanced Scorecard. É da autoria de Alex Osterwalder e explica de forma simples e directa como a teoria da cauda longa se aplica ao negócio da música. Muito interessante.
Fiquei a saber através do Remixtures que a Associação Fonográfica Portuguesa já tem um site oficial.
Sim, é uma notícia estranha. Habitualmente, vemos coisas como “AFP tem novo site” mas neste caso é mesmo assim. E “novo” seria uma palavra muito pouco apropriada, já que o dito mais parece saído do final da década de 90. E é feio, já agora.