Coisas velhas: “Jackie Wilson Said (I’m In Heaven When You Smile)”

Há canções de que não consigo cansar-me, por mais que teste os meus limites. “Jackie Wilson Said (I’m In Heaven When You Smile)” é uma delas.

É o tema de abertura de Saint Dominic’s Preview, de 1972, o sexto álbum de originais de Van Morrison. Longe de ser um sucesso comercial ou junto da crítica, o álbum não é o mais coeso da carreira de Van the Man. Mas que interessa isso, afinal?

Continuar a ler “Coisas velhas: “Jackie Wilson Said (I’m In Heaven When You Smile)””

Playlists temáticas, rádio e afins

Há uns tempos, vi no Spotify uma playlist com canções para ouvir durante o pôr do sol. E imediatamente a seguir a ter pensado “olha que boa ideia!”, vi que havia mais de 30 mil pessoas a seguir essa playlist, o que me levou a outro pensamento: “porquê?”. Não tenho uma resposta satisfatória mas, pelo menos, acho que sei porque é que não a tenho.

Continuar a ler “Playlists temáticas, rádio e afins”

É o que é: 6 canções sobre resignação

Enquanto fã de música deprimente, não há sentimento no mundo que goste mais de ver retratado numa canção do que a resignação.

Há algo de encantador na maneira como se manifesta, às vezes absolutamente transparente, outras quase disfarçada de otimismo. E é intrigante ver quem quer que seja a mostrar-se resignado porque a resignação é uma forma de adaptação ao contexto muito difícil de explicar. O que é que leva alguém a anular-se ao ponto em que não há outro caminho que não o da resignação?

Continuar a ler “É o que é: 6 canções sobre resignação”

Descobrir música por acaso

ESmith

No que a descobrir música diz respeito, tenho algumas técnicas mais ou menos bem definidas. Entre as várias ferramentas de descoberta que o Spotify disponibiliza, os artistas recomendados do Last.fm, as notícias e críticas dos principais sites de música e as recomendações feitas por amigos, acho que tenho uma rede bastante bem montada. Aliás, parece-me seguro dizer que só não conheço mais música porque sou um tanto ou quanto preguiçoso e tendo a tornar os meus artistas e bandas preferidos em objetos de obsessão.

Há, no entanto, uma ferramenta de descoberta musical que normalmente não identifico enquanto tal: o acaso. Bem sei que chamar-lhe ferramenta pode ser abusivo, mas deixem-me explorar o tema.

Continuar a ler “Descobrir música por acaso”

Mark Kozelek e o medo da morte ao vivo em Torres Vedras

Kozelek TV

Mark Kozelek esteve este sábado no Teatro-Cine de Torres Vedras no âmbito do pouco divulgado festival Vagabundo, que trouxe a esta cidade, bem como Aveiro e Torres Novas, alguns nomes sonantes da música, com destaque para Howe Gelb e, claro, o criador dos Red House Painters e dos Sun Kil Moon.

Continuar a ler “Mark Kozelek e o medo da morte ao vivo em Torres Vedras”

You Gots 2 Chill: a pacífica meia idade de Brendan Canning

Parece que Brendan Canning não quer que escutemos o seu You Gots 2 Chill e eu não percebo porquê. O álbum não é uma obra-prima mas é mais que certo que merecia um título menos parvo. You Gots 2 Chill? Não, pá… não.

Mas vamos ao que interessa.

Continuar a ler “You Gots 2 Chill: a pacífica meia idade de Brendan Canning”

Volcano Choir, Repave e as nove vidas de Justin Vernon

Justin Vernon

No mundo tipicamente cauda longa da música indie, os Bon Iver são enormes. Já os Volcano Choir, por outro lado, estão a um pequeno pormenor de serem apenas ilustres desconhecidos. O pormenor responde pelo nome Justin Vernon, mais conhecido pelas maravilhas que tem feito com os Bon Iver.

Continuar a ler “Volcano Choir, Repave e as nove vidas de Justin Vernon”